Roberto Henry Ebelt
10/07/2015 | Português e inglês.
Cada dia, eu me convenço mais da importância de saber utilizar com fluência, pelo menos, dois idiomas. No nosso caso, se não tivemos a oportunidade de aprender um segundo idioma quando crianças, a melhor opção agora é o inglês, porém, para nos beneficiarmos das vantagens de ser bilíngue, qualquer idioma vale.
Como professor de inglês, fico maravilhado com o que aprendo sobre português quando estudo inglês. É o meu trabalho concentrar o meu interesse sobre a língua inglesa, mas é impossível não transferir tais conhecimentos para o português e fazer as devidas comparações.
Nós, como falantes nativos de português, facilmente notamos as esquisitices do inglês, mas logo notamos que elas também existem em português. Veja o assunto pronúncia, especificamente a pronúncia das vogais. Para nós, as vogais são cinco letras (A, E, I, O, U) e estamos conversados. Na realidade, jamais devemos esquecer que a língua escrita é decorrência da língua falada. Está certo que a língua escrita tem um enorme valor social, enquanto que a língua falada é do domínio de qualquer pessoa, o que faz com que a parte escrita seja importantíssima e a parte falada seja o patinho feio desta história. Porém, o elemento vivo é o que falamos, e os linguistas baseiam-se na língua falada para fazer modificações na língua escrita, processo que normalmente leva muitos anos, para evitar a incorporação, ao léxico, de palavras passageiras. Imagino, por exemplo, que a palavra "selfie" seja um fad, fashion, trend, passing style; craze, e que essa mania de carregar um bastão para cima e para baixo logo passará. Passando a mania, a palavra que a descreve desaparece.
Voltando às vogais (vowels) damo-nos conta de que os sons vocálicos são muito mais do que apenas cinco, tanto em inglês como em português. Vejamos, em primeiro lugar, em português:
- a – como em Alá, pá, acolá.
- ã – como em mãe, pães, alemães,
- é – como em Édipo, errado, escondido.
- ê – como em Heleno, Helena, cabelo.
- i – como em ilustre, ingrato, impossível.
- ó – como em ótimo, ovas, óculos.
- ô – como em onomatopaico, onisciente, telefone, vovô.
- u – como em último, orgulho, agulha.
Em inglês, a definição de vogal não é igual à definição portuguesa. Ditongos, por exemplo, são considerados vogais, enquanto que em português, não. Vejamos:
- a (como em Albert)
- é (aberto, como em man),
- ê (fechado, com em enormous),
- ? (o nome desse som é shwa – e equivale ao som da letra A em About).
- i (agudo, como em sheep),
- i (como o som da letra i na palavra ship ou o som da letra e na palavra Eduardo)
- ó (aberto, como o som de ó em saw ou na palavra vovó)
- u (nem sempre tem som de vogal – às vezes é uma semiconsoante:/jiu/ e, às vezes, equivale ao som vocálico de ã)
O som de ô (fechado) não existe em inglês.
/Rôbértô/, em inglês, é /Róbért/.
- O som de ô fechado só existe acompanhado do som de u (como na pronúncia, em português, da palavra vovô) no ditongo /ôu/, como no verbo GO /gou/.
Continua...
Dúvidas sobre inglês? Mande-me um e-mail.
Have an excellent week.
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