Roberto Henry Ebelt
14/03/2014 | PUMP & BOMB.
Há alguns anos um pós- adolescente inconsequente, mas com pais endinheirados o suficiente para mandá-lo surfar nos States, inventou de brincar com as autoridades do departamento de imigração dos Estados Unidos, no aeroporto em que estava embarcando de volta para o Brasil, utilizando a palavra BOMB (bomba, artefato explosivo) quando deveria ter usado a palavra PUMP (bomba, dispositivo para bombear líquidos ou gases para o interior de um recipiente) ao ser questionado a respeito do que ele estava carregando em uma de suas malas. Como consequência desta brincadeira boba, o jovem irresponsável pegou alguns dias ou semanas de cadeia.
Trago esse assunto à baila para lembrar os amigos que, ao contrário do Brasil, onde o respeito às autoridades governamentais é mínimo (vide a bagunça aprontada pelos patês, petês, pessóis, pe-esse-te-us, pe-ésse-te-us dos bês no ginásio Tesourinha na sexta-feira passada), nos países desenvolvidos, o respeito às autoridades é extremamente importante. Quando viajamos para os Estados Unidos e outros países localizados acima do equador, além da Austrália e da Nova Zelândia que estão no hemisfério sul por engano, eventualmente somos questionados sobre o que pretendemos fazer no país que vamos visitar. Eu, pessoalmente já tive que, ao chegar aos Estados Unidos, declarar por escrito, em um formulário oficial, que não iria praticar atos obscenos, envolver-me com tráfico de drogas e/ou pessoas, envolver-me com prostituição e coisas do gênero. Ao preencher esse tipo de formulário, a primeira coisa que nos passa pela cabeça é: será que os sujeitos que fazem tais perguntas imaginam que eu vou responder sim, caso tenha intenções desonestas?
Na verdade, as autoridades da área de imigração não querem exatamente saber se eu vou ou não praticar atos obscenos ou não. Eles querem apenas uma declaração por escrito de que essas não são minhas intenções, pois se eu for pego praticando tais atos, eles podem me processar por ter mentido ao entrar no país, o que poderá me render uma boa temporada na cadeia. E cadeia é cadeia, seja o aprisionamento curto ou longo. Um dia na cadeia basta para sujar o currículo de um sujeito, e possivelmente impedir que alguém jamais tenha condições de se candidatar a entrar em qualquer país desenvolvido. Vejam o caso de um famoso deputado que em 1969 participou do sequestro de Charles Elbrick. Embora ele seja atualmente um sujeito muito legal e lúcido (senta o pau no PT) ele não pode entrar nos Estados Unidos por causa de um ato ilegal por ele praticado no século passado. Ou seja, uma vez terrorista, sempre terrorista.
Até hoje não entendi bem como é que a presidente nunca foi barrada no baile americano. Provavelmente, ela nunca atacou algum alvo americano, como foi o caso dos terroristas que assassinaram o Capitão Chandler (inclusive um dos assassinos do Chandler mora em Porto Alegre, e tenho a impressão de já tê-lo visto várias vezes no Zaffari da Cristóvão Colombo, o que sempre me causa ânsias de vômito, pois fiquei sabendo que participo (e o prezado leitor, também), involuntariamente, do sustento desse infeliz: ele vive às custas do povo brasileiro).
Assim sendo, cuidado com suas declarações. Preste bem atenção no que você esta declarando e assinando, pois isso poderá ser usado contra você. No hemisfério norte, brincadeirinhas bobas podem dar prisão. O melhor exemplo dos últimos tempos foi o da moçoila gaúcha do Greenshit, trepando nas plataformas de exploração de petróleo (OIL RIGS) do Putin no oceano Ártico: pegou alguns meses de cadeia. Infelizmente parece que não aprendeu nada.
When in Rome do as the Romans (quando em Roma, aja como os romanos).
Have a nice weekend and, if you have any questions regarding English, send me an email.
Compartilhe
- Dia de Santa Adelaide
- Dia de São José Moscati
- Dia do Butantã
- Dia do Reservista
- Dia do Síndico - Porto Alegre
- Dia do Teatro Amador