Mafalda Orlandini
21/10/2013 | Dr. Valério Endler, o meu cirurgião dentista
Ele é meu dentista desde que se formou. Meus netos, hoje adultos, brincam comigo por transformar a ida ao dentista em festa. Pode não ser educativo premiar a crianças por fazerem o que é sua obrigação... Mas foi como os convenci a cuidar dos dentes e a revisá-los periodicamente. Se se comportassem bem, iriam depois à Casa Catraca, da Azenha, cada um escolher um brinquedo. O gerente era meu aluno do Colégio Rosário e até me fazia um desconto. Depois ainda tinham direito a um sorvete. O Valério já era meu dentista então e levava a consulta na brincadeira.
Para mostrar como o Valério é brincalhão, basta olhar uma foto dele quando acompanhou uma turma de professoras da escola Santos Dumont a Treze Tílias. Ele trabalha de Guia Turístico porque gosta e foi nessa atividade que nos acompanhou.
Um grupo de professoras do Santos Dumont e o Valério ao fundo de chapéu
Pois, na semana passada, fui fazer uma limpeza dentária no consultório do Doutor Valério. Eu não ia lá desde que comecei a escrever as crônicas. Foi então que nosso assunto descambou para o tempo do Clubinho da Visconde e ele se manifestou uma excelente e divertida testemunha ocular daquela época.
Ele se lembra muito bem do Xiru, do tablado que armávamos nas festas, das aventuras da turma que acompanhava, embora ele fosse dez anos mais moço, o caçula da turma. Jogou futebol de mesa, brincou com os soldadinhos de chumbo do Benito, serviu de ‘”doce de pera” do Benito e da Giselda. Ia ao Prado acompanhar os dois e ganhava um dinheirinho para jogar e deixar os dois namorarem em paz.
Comentou um ”dramalhão” daquele tempo que virou piada da turma: uma bebedeira do Benito. Foi quando o Ênio Rossi pediu a Josélia em casamento. Destacou a história de um tucano que era o confidente do Benito, enquanto ele bebia e falava com ele. A solução foi encontrada na família. O Benito casou com a Giselda e os casais foram muito amigos até a adolescência dos muitos filhos que vieram depois.
Até o Ênio Costi foi lembrado por causa de uma brincadeira. Ele sempre comprava o Correio do Povo. Lia de ponta a ponta e não emprestava para ninguém. Os safadinhos tomaram o jornal dele e o queimaram de birra. A turma do Clubinho também tinha outra diversão que eu não sabia. Os Jovens das famílias da quadra (Endler, Rossi, Costi, Martins, Petersen, Orlandini...) e outros vizinhos se juntavam para ir aos bailes de Viamão e namorar as viamonenses.
Enfim. O dia a dia reserva-nos surpresas. Quando é que eu iria pensar que uma visita ao dentista viraria uma divertida sessão saudades? É que o Valério era uma espécie de coringa da turma, sabe de tudo. E gosta de comentar uma adolescência que deixou boas lembranças.
Vale a pena acrescentar uma foto do Valério acompanhando as “turistas” num baile à fantasia em Santa Catarina.
Valério ladeado pelas professoras Mafalda (e) e Elmes (d).
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