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Mafalda Orlandini
19/05/2014 | Diário de Romeu Issa: uma Buenos Aires Hospitaleira
Estávamos em 6 de julho e queríamos aproveitar todo o tempo de estada na maravilhosa capital portenha. Alguns haviam saído para conhecer a vida noturna, e chegaram de madrugada. Como desejavam dormir, a manhã foi deixada livre, mas alguns não perderam tempo e saíram para fazer compras. Naquele tempo, estavam em alta os agasalhos de caxemira e a Argentina era famosa pelas suas confecções, pelo preço e pela qualidade. Todos haviam trazido algum dinheiro ou uma encomenda e voltaram cheios de sacolas. Já à tarde, foi planejado um passeio ao Delta do Tigre. Chegando lá, tomamos uma lancha que nos conduziu pelos meandros do canal. É um passeio orientado pelos guias e também tem uma parada para fazer um lanche. Durou a tarde inteira, no entanto foi lindo e inesquecível.
O antigo Tigre Hotel convertido num museu de arte argentino.
Não era uma excursão planejada por alguma empresa de turismo. Por isso mesmo, sempre tínhamos uma atividade interessante para inventar. Na manhã do dia 7, saímos em visita ao Colégio dos Maristas. Como era domingo, assistimos à missa e os rapazes foram convidados para uma “pelada”. Com quadros improvisados, a vitória foi dos gaúchos por 5x4. Era tudo tão fraterno, tão descontraído, que nos sentíamos em casa.
Como ainda era cedo, alguns, apaixonados pelo inesquecível Carlos Gardel, principalmente meu marido, sugeriram uma visita ao seu túmulo. Todos concordaram e fomos ao Cemitério do bairro Chacarita. Valeu a pena, porque conhecemos verdadeiras obras de arte e mais uma atração turística.
Túmulo de Carlos Gardel.
Os dias 8 e 9 de julho foram de muitas festas porque estávamos na semana da independência argentina. A manhã e a tarde do dia 8 foram livres para compras ou passeios individuais. Recebemos, então, um convite muito gentil para irmos à noite ao “Club Buenos Ayres. Não imaginávamos que iríamos viver uma experiência que se tornaria inesquecível. Lá chegamos, pontualmente, às vinte e três horas, e fomos recebidos de forma surpreendente, com aplausos calorosos. Pensamos até que nos estavam aguardando. Após ocuparmos os lugares reservados para o grupo, iniciaram uma apresentação de danças folclóricas, impecável pela beleza e harmonia.
Existem algumas semelhanças com o nosso folclore gaúcho. Adultos e crianças, com trajes típicos muito coloridos, dançaram e cantaram com alegria e orgulho durante, mais ou menos, duas horas. Foi um espetáculo muito especial.
Exatamente à zero hora, começou a interpretação do Hino Nacional Argentino, já era 9 de julho. Então o ambiente ficou mais descontraído, e eles nos brindaram com canções regionais e nós retribuímos com muitos sambas e marchinhas. A confraternização correu solta, sempre regada a uma espetacular cerveja fabricada em Palermo e gostosos pastéis (empanadas?).
Houve, no final, troca de discursos proferidos pelo presidente do clube, Senhor Jorge Espíndola e pelos dirigentes de nossa excursão. Foram também trocadas flâmulas. Como já eram duas horas, avisamos que nos iríamos retirar, e o fizemos aplaudidos com entusiasmo. Foi impossível não se emocionar com tão carinhosa e hospitaleira recepção. Realmente, não esperávamos algo assim acontecendo com meros estudantes que haviam batalhado e sonhado tanto com aquela viagem de formatura. Estávamos felizes e encantados. Jamais iríamos esquecer aqueles momentos.
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