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Mafalda Orlandini
23/01/2017 | De repente 87
É isso mesmo. São oitenta e sete anos de vida, plenos de vivências de todos os tipos: boas, más, rotineiras. Não faltaram momentos alegres, tristes, e horas de dor, de sofrimento. Uma vida comum de quem não está sozinho no mundo, tem uma família.
Mas hoje é um dia especial, meu aniversário. Quero que ele seja muito feliz. Para começar, quero agradecer aos deuses (todos) pelos meus maiores presentes: a vida que é o maior de todos os prêmios e a lucidez com que me brindam até hoje. Vou iniciar pelo meu desjejum e sorrir para o Guaíba e o belo dia de verão que se anuncia.
Não preparei nenhuma festa, mas vou esperar que muitos amigos e parentes se lembrem de mim e me mandem mensagens. Isso é o que de melhor o Facebook nos oferece. Há, na verdade, coisas do Face que eu detesto. Não é preciso dizer o que, mas há outras ótimas. Tenho dezenas de amigos e recuperei o contato com parentes e seus descendentes que eu nem sabia em que parte do mundo estavam.
Ao ligar o computador pela manhã, já encontrei o "Bom Dia" de meu filho Ricardo, com um belo cartão de felicitações..
Até o meio dia, encontrei dezenas de mensagens. Antes de existir a internet, as datas natalícias só eram lembradas pelos mais íntimos. Alguém dava um telefonema, um cartão dava muito trabalho, a festa só ia se fosse convidado. É esse trabalho das redes sociais que eu aprovo. Não faz mal a ninguém. Até dá a impressão de que somos, muito amados e populares. Como idoso leva tudo a sério, fiz questão de agradecer a todos individualmente. Levei três dias que me renderam um “gostoso” torcicolo (kkkkkk).
Além de tudo isso, meus queridos vieram me abraçar e cantar parabéns com uma vela improvisada em um bolo de negra maluca. Um detalhe: a Carla, namorada do meu neto, me ajudou a apagar a vela porque era dia do seu aniversário.
Eu rodeada pelos meus netos Luan, Fernando, Eduardo e meu filho Oscar.
Claro. Recebi mensagens de outros países, mas uma me deixou especialmente feliz, a da Marinez. Para quem não a conheceu, ela é filha de agricultores de ascendência italiana. Veio do interior para estudar e me fazer companhia por que eu ficara viúva. Tinha uns quatorze anos e eu a matriculei na escola em que eu era vice-diretora. Levava-a todas as tardes comigo. Quando terminou o Primeiro Grau, foi estudar no Julinho. E, depois, quando foi trabalhar com o irmão e os índios caingangues, foi estudar na PUC. Esteve comigo por uns sete ou oito anos. Mas sempre continuamos muito amigas e até revisei o trabalho de conclusão dela. Ela estudou mais e fez pós-graduação. É uma jovem de muito valor e digna de admiração
Marinez com seu filho Artur na Nova Zelândia.
Não poderia encerrar o relato do meu dia feliz sem contar algo que me deu imenso prazer. No fim da tarde, recebi uma visita que fechou com chave de ouro o meu dia. Cristina, viúva do meu irmão, veio com os meus três sobrinhos (aleluia) e sua netinha, Elsa, uma espanholinha linda que vive na Espanha.
Lisia (esq) Cristina, eu com a Elsa no meu colo Lourenço e Lorena.
Há um pensamento que me acompanha e me ajuda a viver feliz nos meus limites atuais: ”Não posso ter tudo que quero, mas tenho o suficiente para me conservar alegre e em paz”.
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