Mafalda Orlandini
27/08/2018 | Emoções
Passei, praticamente, dois meses sem uma ideia interessante para fazer uma crônica. Eu explico. Só conseguia pensar nos cronistas que eu admiro. Até escrevi alguma coisa sobre a admiração que sinto pelo jeito de eles se comunicarem com os leitores. Um lembrado foi David Coimbra. Coincidentemente, meu filho Ricardo foi a um evento em que ele seria entrevistado. Levou o livro dele - Eu Venci o Câncer - para ele autografar. Para me fazer um agrado de filho amoroso, mostrou minha crônica ao David que me fez uma dedicatória especial. Não só isso. Deixou-a gravada no celular. Podem rir, mas para uma fã de carteirinha como eu ( estou na adolescência ) é muita emoção. Nem todas as pessoas imaginam como é tocante o carinho espontâneo de um filho e o gesto simpático de em homem público. Foram emoções duplas.
David Coimbra ao lado do meu filho Ricardo, autografando seu livro para Vovó a Mafaldinha
Já falei sobre outra emoção: o reencontro com meu amigo da adolescência, Luiz Aberto Rossi, e que agora vai permanecer me emocionando por toda a vida. Deixou marcas. O Luiz leu minhas lembranças desde que comecei a escrever e se comunicava comigo. Escreveu, recentemente, um livro e veio, com sua esposa, me trazer o “Andanças” que é uma espécie de autobiografia e fala de pessoas com quem convivemos, sua família e a minha.
O Luiz é um homem muito ativo, cativante, social e, quando terminamos o cafezinho e o bolinho, ele e Lieselote já me haviam convencido de entrar na empreitada de montar um livro com as crônicas já feitas. E tem mais: acabou convocando seu filho Celso que também cooperou graciosamente com a parte artística da obra.
Por uma falha na comunicação, o Luiz, ao começar a empreitada, não imaginava que houvesse mais de cento e cinquenta crônicas e começou a montar o livro com um terço dos textos. Então passamos dois meses selecionando, selecionando. Deu bastante trabalho, mas foi muito divertido e gratificante.
O Luiz: não sei quem vibrava mais, eu ou ele
Valeu o esforço que nos significa um presente que vai durar pelo resto de nossas vidas. Desejo também que leve outras pessoas a se emocionarem ao conhecerem lances da vida de seus antepassados. Luiz e eu nos esforçamos para fazer um livro leve e mostrar aos leitores modos de viver de pessoas que passaram por nós em outros tempos. Outra alegria foi descobrir que, neste caos brasileiro, ainda existem pessoas como o Luiz e o Celso dispostas a doar horas de seu lazer para fazer um trabalho em que acreditam e deixar uma pessoa amiga imensamente feliz ao ver aquilo que escreve por prazer compilado em um livro. Agora falta apenas esperar a reação dos leitores. Nós já estamos muito felizes vendo “Crônicas da Vó Mafaldinha” pronto. Afinal: Emoções nós vivemos.
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