Mafalda Orlandini
13/10/2014 | Outras lembranças do Santos Dumont
Também participo de outro grupo de professoras aposentadas do Santos Dumont. Há mais ou menos vinte anos começamos a nos encontrar fora da Escola para almoços, jantares e festejar o Natal. Eram encontros de quinze pessoas que saiam só para conversar e se divertir sem pensar em educação. O único comentário sobre o assunto que sempre vinha à baila era o “maravilhoso salário”. Hoje continuamos, muito raramente e já somos apenas nove. Duas faleceram e outras se mudaram de cidade.
Encontro em um restaurante. Não sei qual pos foram tantos.
As encarregadas de marcar os encontros são a Elmes Panfolfe e a Loanda Fernandes. As duas é que criaram o grupo e fizeram os convites para aquelas com as quais tinham maior afinidade. A Elmes optou por não casar, dedicou-se a ajudar na educação dos sobrinhos e a uma vida social intensa. Faz parte de outros grupos e é frequentadora assídua de espetáculos teatrais. Certa ocasião, foi até entrevistada por ZH e fotografada diante do Theatro São Pedro. A Loanda, professora de História, é só alegria, é um furacão. Minha neta, que foi aluna dela, costuma dizer que aprendeu a gostar da disciplina com ela. Quando foi coordenadora de turno, era conhecida como “generala”: nada passava sem o conhecimento dela... Por isso, elas são as líderes do nosso grupo e o mantém vivo há vinte anos. Nas festas de Natal e, às vezes São João, temos optado pelo galpão crioulo do casal Sebben na Vila Assunção, muito mais adequado para professoras que falam alto e têm muito assunto para colocar em dia.
Natal no Galpão Crioulo do casal Sebben na Vila Assunção.
As nossas vidas têm andado como as de pessoas comuns. Com capítulos bons ou maus. O que tem de melhor são os netos que chegaram. O sucesso profissional dos filhos formados é outra alegria. Há, no entanto, tropeços na vida de cada uma que não podemos evitar. A Denise Costa e a Laci Coelho ficaram viúvas. A Heloisa Spieker e a Cleia Schumacher faleceram. A Heloísa era bonita, alegre, participava de excursões e, uma vez, aceitou meu convite de ser minha companheira na correção de redações no Supletivo da SEC. E saíamos à noite para trabalhar lá na Avenida Mauá. Voltávamos às 23 horas, comentando o nível e as dificuldades dos candidatos. A Cleia sempre caprichava no seu abraço de urso. Quando eu correspondia ao “apertão”, costumava dizer que eu era a única que retribuía, com a mesma intensidade. Saudades...
Recebendo presente da Cleia no último Natal de que ela participou
A Elmes já andou telefonando para marcar a festa de Natal, mas não foi adiante. Vi pelo Facebook que a Denise andava pela Europa toda sorridente e sei que ela está esperando para fechar a data, quando conseguir contatar com todas. Mas não vai demorar, porque o nosso Natal costuma ser festejado em novembro. Em dezembro, há muitas comemorações e há outros compromissos. Provavelmente, será um grupo bem mais reduzido, mas vamos desejar que cada uma só traga boas histórias e fotos lindas dos filhos e netos para mostrar.
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