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Mafalda Orlandini
02/10/2017 | Meus campeões
Luan é meu neto mais moço. Tem treze anos. Acho que merece uma crônica. É o primeiro familiar a ser campeão. Conseguiu, com seus colegas do Colégio Farroupilha, conquistar o Campeonato Gaúcho (escolar, é obvio) de Handball. Representaram o Rio Grande no Campeonato Nacional. Estou orgulhosa e feliz.
Foto dos campeões, levantando a Taça
Sou professora de profissão e de coração. Acompanhei e acompanho a educação de meus filhos, netos e agora bisnetos. Festejo tudo que mudou para melhor, para uma formação integral do educando. Quando, em uma reunião familiar, reúno as várias gerações (avós, pais, netos e bisnetos) que vi nascer e crescer, fico observando como foram ou são educados e o que têm de iguais e diferentes. (???)
Vejo-me no século passado (é, eu tenho longa quilometragem) em escolas particulares, católicas, educada com todos os requintes da época. Teoricamente culta, com conhecimentos superficiais em Português, História, Geografia, Biologia e Matemática. Mas preparada com ênfase para ser uma dedicada dona de casa, mãe de família. Havia aulas de bordado, trabalhos manuais e educação física para meninas: vôlei, ginástica e exercícios para fazer bonito no desfile da Semana da Pátria. Outros esportes eram para homens. De política e do mundo real, nada. Não era coisa para mulheres.
Não vou me alongar, contando como foi a educação dos meus filhos e netos cuja diferença da minha foi incrível. Vou saltar para a atualidade, pois meus bisnetos formam grupo com meu neto mais moço. Luan tem 13 anos e meu bisneto, Pedro, tem 10 e o João tem cinco. Vivem o presente, têm os mesmos interesses e é bonito vê-los compartilhado as mesmas atividades. Jogos de computador, de xadrez em um tabuleiro que foi do pai de Pedro, curtem os mesmos heróis da ficção, e muitas outras atividades.
Eu disse que são iguais e diferentes. Também são ótimos alunos. Até aí vão as semelhanças. Mas como é normal que assim seja, cada um tem sua personalidade e um gosto bem pessoal. Pedro é meu “intelectual” preferido. Desde que começou a ler, devora livros. Quem quiser ver o Pedro sorrir deve lhe um bom livro. Lê com muita atenção e, às vezes, surpreende com comentários muito maduros pela sua idade. É maravilhoso ver aquele pedacinho de gente, com óculos de “doutor da Academia de Letras” sentado em uma poltrona. Concentradíssimo. É um quadro para nenhuma bisavó botar defeito.
Meu bisneto Pedro, apaixonado por livros.
Luan é um atleta e jogador entusiasmado. Apoiado por seus pais, teve chance de experimentar vários esportes. Começou experimentando tênis, natação, tênis de mesa, vôlei, basquete e futebol, que eu me lembre. Não se interessou muito pelo tênis. Aprendeu a nadar com facilidade e conseguiu se destacar entre outros meninos, vencendo alguma competição. Gosta de jogar futebol e treinou em todas as posições. Faz ou fazia parte do time da escola com muito entusiasmo. De repente, começou a jogar em um grupo de handball e se apaixonou. Parece que se descobriu. “É muito legal vó”.
Luan em quadra.
Eu me preocupo muito com o futuro de todas as crianças brasileiras e agradeço que os meus descendentes estão tendo o apoio familiar para uma educação integral. No momento, o que podemos oferecer é isso, o carinho e a segurança do lar e prepará-los para que saibam encontrar o seu verdadeiro caminho numa realidade que será, com certeza, muito diferente da de hoje. Que consigam encontrar a realização pessoal e profissional num futuro que não podem adivinhar como será.
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