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Mafalda Orlandini
28/09/2015 | Respostas do Homem do Campo
Tenho grande admiração e respeito pelo homem do campo. Tive oportunidade de conviver com muitos durante a vida e sei como eles são simples, apaixonados e dedicados às suas propriedades. Mas hoje quero falar de uma pessoa que, embora tenha passado bons pedaços em outras épocas, ainda conserva a alma de agricultora e vibra com qualquer plantinha que faz brotar de seu quintal. A Jane passa três dias comigo, como minha acompanhante e quatro dias em sua casa em General Câmara.
Nos fins de semanas, não raras vezes, me traz uma pequena amostra do que colheu na semana: alface lisa e crespa, rúcula, espinafre, radite, temperinho verde, etc.
Eu e as verduras da horta da Jane.
Tomei a Jane como exemplo de amor à terra, quase um vício, porque quero demonstrar o respeito que mantenho pelo homem do campo. Vejo em suas atitudes e em atividades ligadas ao campo uma prova de que o gaúcho não perde tempo em lamúrias, acredita que é capaz de vencer os reveses da vida. Falando nisso, chegamos à crise pela qual o Rio Grande está passando.
Tenho lido e analisado tudo o que dizem que deve ser feito para superá-la. Os governantes, os políticos, os responsáveis por ela só falam em cortar gastos (nunca executados), aumentar impostos, em criar novas fontes de renda para o povo pagar a conta. Nesta semana, ex-governadores entrevistados disseram que “O Rio Grande tem energia para sair dessa dificuldade sem se manear nas rodilhas do próprio laço”, (Olívio Dutra/ZH/21/09) e “Não se pode jamais duvidar da capacidade de superação do povo gaúcho” (Germano Rigotto/ZH/22/09).
Eu prefiro acreditar neles, na força e no trabalho do gaúcho para vencer essa batalha. Vibro com cada sucesso do agronegócio e atividades relacionadas com o campo. Poderia fazer um diário porque encontro todos os dias notícias que o campo não para de pulsar. No Campo e Lavoura em ZH (22/09/2015), há uma reportagem especial sobre o entusiasmo dos pecuaristas na abertura de novo mercado para a carne bovina. Isso se deve ao trabalho deles, à qualidade de nossa pecuária e a apuração genética.
Na agricultura, destaca-se a produção de arroz, de maçãs, de uvas, de fumo, de soja e de trigo. Na pecuária, os destaques são a criação de frangos e suínos e a produção leiteira com garantia de qualidade para exportação. Há uma quantidade de pequenos (que dão certo) empreendedores que se aventuram em outras culturas. É o caso da floricultura que, com o avanço da tecnologia, manejo e importação de sementes, produtores têm flores e hortaliças para a exportação o ano inteiro. Há iniciativas das mais diversificadas espalhadas por esse Rio Grande com vistas a crescer e a chegar a exportar em um futuro próximo: resina de pinus, criação de peixes (já é um sucesso), até plantação de pimenta, etc., etc.
Seria muita pretensão pensar que o homem do campo iria sozinho acabar com a crise. O governo precisa fazer o que costumamos chamar de dever de casa, apostar nas potencialidades dos sistemas locais de produção, buscar parcerias, incentivar o empreendedorismo e pequenas empresas, acreditar e fazer-se acreditar. O campo já faz a sua parte. Assim, talvez a curto / a médio prazo voltaremos a superar esse momento que nos sufoca.
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