![](http://45.7.168.149/uploads/colunistas/e2dae9bf0a486a815eb1f5b539fbbaa6.jpg)
Mafalda Orlandini
22/06/2015 | O Vai-e-vem dos Governos
Alguém vai dizer que eu não deveria meter o nariz em assunto de que não entendo, ou seja, política. Não é essa a intenção. É apenas o desabafo de um cidadão que sente na carne os desmandos de nossos governantes há muitos anos. Só quero comentar três casos que me confundem.
Primeiro caso: A famosa CPMF. Idealizada pelo saudoso Ministro Adib Jatene, foi muito combatida durante os anos em que durou. Foi criada, como todos sabem, para resolver o problema da saúde. E eu acreditei. Tanto é que contribuía de boa vontade com uma taxa do meu minguado salário de professora. A quantia me parecia tão irrisória para resolver um problema tão grande que valia a pena cada brasileiro “fazer a sua parte”. Não cumpriram o combinado, a verba foi desviada para outros interesses, o Ministro, desiludido, viu-se enganado, pediu afastamento e voltou a dedicar-se a seus afazeres profissionais em que sempre foi destaque. Surpresa dessa semana: políticos, não poucos, propõem a sua volta.
Segundo caso: os famosos pedágios nas estradas. Rejeitado e combatido por muitos, certos opositores não sossegaram, enquanto não acabaram com muitos deles. Eu costumava dizer que preferia pagar um pedágio em uma estrada como a Freeway, em ótimas condições e com socorro mecânico e médico em caso de acidente a não pagar em uma estrada precária, cheia de buracos, sem nenhuma ajuda em caso de necessidade. O custo do pedágio é insignificante em comparação com o prejuízo nos carros e a perda de vidas é lamentável. Segunda surpresa: licitação de novos pedágios ou retomada de antigos.
Terceiro caso: as escolas em tempo integral. Houve um tempo em que um governador espalhou escolas pelo interior do estado. Se não me falha a memória, era transformá-las em escolas de tempo integral. Mas o tempo passa, os governos mudam e cada cabeça é uma sentença. O que eu sei é que o projeto foi abandonado e elas, por alegados motivos foram, impiedosamente, fechadas. Aliás, as Prefeituras não têm verbas nem para custear o transporte dos alunos e, hoje, as crianças, faça chuva ou faça sol, caminham dezenas de quilômetros para chegarem a um estabelecimento de ensino
O meu protesto de cidadão é que já cansei de ver esses filmes. Os governantes propõem aumento de impostos e as mesmas soluções. Por quê? Não deram certo naquela vez. Eu sei. Se não houvesse corrupção, se não boicotassem a “famigerada” (há quem diga isso) “CPMF”, se não a desviassem do seu verdadeiro propósito, tenho certeza, que cumpriria o seu destino, o de excelentes serviços à saúde ao povo brasileiro.
Quanto aos contratos das rodovias e o discutido pedágio, o assunto continua controverso. Se dá certo em outros países, por que não aqui? Vamos ver o que está errado e corrigir. Sabemos que o Estado não tem condições de manter as estradas em perfeitas condições E daí? Vamos conviver com estradas eternamente precárias e, além de tudo, perdas de vidas e de nossas riquezas que não conseguem chegar ao seu destino?
As escolas em tempo integral não são novidade. Já existem em alguns estados. Urge mais ênfase, maior rapidez, maior objetividade da “Pátria Educadora”. A esperança é a última que morre, mas será que eu vou conseguir ver um final feliz para todos esses filmes? Sem mais comentários.
Compartilhe
- Dia das Empresas Gráficas
- Dia de São João
- Dia do Anjo Haheuiah
- Dia do Caboclo
- Dia do Observador Aéreo
- Dia Internacional do Disco voador
- Dia Internacional do Leite
- Festa de São João Batista - Porto Alegre
![img](http://45.7.168.149//temas/site/assets/img/img-ad.png)