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Carlos Mello
06/07/2011 | O Assassinato de “Elza Fernandes”
Elvira Cupelo Colônio nasceu em 1918, numa família de agricultores pobres de Sorocaba, São Paulo. Quando criança trabalhou como doméstica. Sem qualquer futuro, ainda pré-adolescente decidiu acompanhar seu irmão, Luiz Cupelo Colônio, para o Rio de Janeiro.
Nesta cidade, seguindo o babaca do irmão, passou a frequentar as reuniões do Partido Comunista do Brasil (PCB), grupo que se auto atribuía serem a salvação do Brasil.
Em 1934, Elvira teve o azar de se tornar namorada de Antônio Maciel Bonfim, conhecido como “Miranda”, que era Secretário-Geral do Partido Comunista do Brasil. Passou a ser chamada de “Elza Fernandes”.
Em 1935, ocorre o movimento de tentativa de instalar uma ditadura comunista, para substituir a ditadura de Getulio Vargas, que recebeu o nome de Intentona Comunista, planejada por Luís Carlos Prestes, dono do PCB, juntamente com outros marxistas, entre eles agentes estrangeiros de apoio como Olga Benário, mulher de Prestes.
Com o fracasso da confusa intentona, e consequente prisões dos comunistas e documentos, fez com que os envolvidos ficassem acuados e isolados em seus esconderijos e assim ficaram desinformados sobre a situação dos outros companheiros.
Em janeiro de 1936, “Miranda” e “Elza” foram presos em seu refúgio, na Av. Paulo de Frontin, 606, apartamento 11, no Rio de Janeiro, junto com vários documentos do partido. Na prisão foram mantidos incomunicáveis até a polícia concluir que “Elza” nada poderia ajudar e também por ser menor de idade e não poder ser processada.
Ao sair, “Elza” foi morar na casa de Francisco Furtado Meireles, conforme indicação de seu namorado “Miranda”, em Pedra de Guaratiba, uma praia da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O partido levou alguns dias até perceber que “Miranda” estava preso e, com a prisão de outros comunistas continuou, o PCB se convenceu de que havia um traidor e, conhecendo os métodos da polícia, suspeitaram de “Miranda”.
As investigações do Partido descobriram que “Elza” estava hospedada na casa do Meireles, e que ela estava de posse de um bilhete, assinado por “Miranda”, no qual ele pedia aos amigos que auxiliassem a garota. Na visão do PCB, o bilhete era forjado pela polícia, com quem “Elza” estaria colaborando. As suspeitas transferiram-se de “Miranda” para a “Elza”.
Criaram um "Tribunal Vermelho", composto por Honório de Freitas Guimarães, Lauro Reginaldo da Rocha, Adelino Deycola dos Santos e José Lage Morales. Luiz Carlos Prestes e sua mulher Olga, escondidos em uma casa na Rua Honório, no bairro Méier, já haviam decidido pela eliminação sumária da acusada. O "Tribunal" seguiu o parecer do dono e chefe do partido condenando “Elza” à morte, mas sem unanimidade: Morales opôs-se à condenação por entender que não havia provas suficientes, fazendo com que a “cumpanheirada” vacilasse em cumprir a sentença. Honório, em 18 de fevereiro, escreveu a Prestes, relatando que o delator, se houvesse, poderia ser o “Miranda”.
Prestes, a quem os comunistas chamavam de "Cavaleiro da Esperança" , escreveu uma carta aos membros do "Tribunal", tachando-os de medrosos e exigindo o cumprimento da sentença. A seguir alguns trechos desta carta de Prestes mostrando como os comunistas se importam com a vida de seus companheiros, com isto dá para imaginar como fariam se conseguissem o poder:
"Fui dolorosamente surpreendido pela falta de resolução e vacilação de vocês. Assim não se pode dirigir o Partido do Proletariado, da classe revolucionária." ... "Por que modificar a decisão a respeito da "garota"? Que tem a ver uma coisa com a outra? Há ou não há traição por parte dela? É ou não é ela perigosíssima ao Partido...?" ... "Com plena consciência de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes tenho dado a vocês minha opinião quanto ao que fazer com ela. Em minha carta de 16, sou categórico e nada mais tenho a acrescentar..." ... "Uma tal linguagem não é digna dos chefes do nosso Partido, porque é a linguagem dos medrosos, incapazes de uma decisão, temerosos ante a responsabilidade. Ou bem que vocês concordam com as medidas extremas e neste caso já as deviam ter resolutamente posto em prática, ou então discordam mas não defendem como devem tal opinião."
Diante de tal “chamada ao dever” Lauro Reginaldo da Rocha, um dos "julgadores", respondeu a Prestes:
"Agora, não tenha cuidado que a coisa será feita direitinho, pois a questão do sentimentalismo não existe por aqui. Acima de tudo colocamos os interesses do P."
“Elza” foi então enganada e levada, por Eduardo Ribeiro Xavier, o "Abóbora", para uma casa da Rua Mauá Bastos, 48, na Estrada do Camboatá, onde já se encontravam Honório de Freitas Guimarães "Milionário", Adelino Deycola dos Santos "Tampinha", Francisco Natividade Lira "Cabeção" e Manoel Severino Cavalcanti "Gaguinho".
Foi solicitado que “Elza”, fizesse um café. Ao retornar, Honório a convidou para sentar ao seu lado, era o sinal combinado. Os outros quatro comunistas a seguraram e Lira, o “Cabeção”, passou-lhe uma corda de 50 centímetros pelo pescoço, iniciando o estrangulamento. Os demais ajudavam segurando "Elza", que em desespero se debatia, mas sem qualquer chance frente aos cinco covardes ex-companheiros. Depois do assassinato seu corpo foi mutilado: Quebraram-lhe as pernas e amarraram junto à cabeça para caber num saco. Enterraram o corpo no pátio nos fundos da casa.
Poucos dias depois, em 5 de março, Prestes foi preso em seu esconderijo no Rio de Janeiro, no bairro Méier. Sua mulher, Olga Benário, terrorista procurada e condenda em seu País, foi deportada para a Alemanha, que na época estava sob domínio Nazista.
Alguns anos mais tarde, em 1940, o irmão de “Elza”, o idiota Luiz Cupelo Colônio, que anos antes, junto com “Miranda” encheu de tiros um outro membro defenestrado conhecido por "Dino Padeiro", assistiu a exumação do cadáver da infeliz irmã. Após escreveu um bilhete a “Miranda” mostrando sua indignação ao ser atingido pelo que ele queria fazer aos outros:
"Rio, 17-4-40"
Meu caro Bonfim
Acabo de assistir à exumação do cadáver de minha irmã Elvira. Reconheci ainda a sua dentadura e seus cabelos. Soube também da confissão que elementos de responsabilidade do PCB fizeram na polícia de que haviam assassinado minha irmã Elvira. Diante disso, renego meu passado revolucionário e encerro as minhas atividades comunistas.
Do teu sempre amigo, Luiz Cupelo Colônio"
Sobre a mulher de Prestes, Olga Benário, a história foi completamente falsificada.
Olga era uma aristocrata criminosa condenada e procurada em seu país durante um regime democrático e com justiça independente, a Alemanha, antes da era Hitler.
Fugiu para a Rússia onde foi treinada pelo governo de Stalin e se especializou em terrorismo. Entrou clandestinamente no Brasil como agente de um regime comunista, bem pior que a ditadura de Getulio, que queria derrubar, e que certamente teria jogado o Brasil num banho de sangue. Portanto ela não foi deportada porque era judia, mas por ser criminosa. Mas como tinha família rica e influente, até sua filha virou “historiadora” para ajudar a falsificação histórica, virou mito com direito até a filme posando de coitadinha.
Já “Elza”, que era uma plebéia adolescente de dezesseis anos, analfabeta, pobre, sem ninguém para ajudá-la. Um tipo que os esquerdistas vivem dizendo que é o objetivo de suas desastradas políticas. Foi esquecida.
As organizações sociais, culturais e religiosas brasileiras, tomadas por falsos discursos, escondem e mentem, invertendo as verdades como esta de enaltecer uma criminosa aristocrata alemã e “esquecem” de uma ingênua adolescente plebéia brasileira.
Como obrigação de esclarecer os mais jovens, cabe dizer que O PCB e seu “Tribunal Vermelho” eram criminosos que além de matarem seus inimigos (Os que discordavam de seus métodos), também assassinaram vários companheiros por não serem mais considerados merecedores da confiança do Partido, como Tobias Warschavski; Bernardino Pinto de Almeida; Afonso José dos Santos; Maria Silveira e Domingos Antunes Azevedo. Ao todo executaram cerca de trinta pessoas. Estas vítimas do comunismo não aparecem em nenhuma tela de cinema.
Final de alguns personagens:
Olga Benário morreu na câmara de gás no campo de concentração nazista de Bernburg em Abril de 1942 com 34 anos.
“Miranda” morreu em 1947, tinha 42 anos.
O "Cavaleiro da Esperança" elegeu-se senador (1946 a 1948), em 1951 casou-se novamente e teve mais sete filhos, morreu em março de 1990 com 92 anos.
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