Carlos Mello
03/04/2013 | ABORTO, assunto de mulheres e não de homens.
Esta semana o Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou defendendo o aborto até a 12ª semana de gravidez.
Isto foi o suficiente para mostrar como o machismo está arraigado no coletivo popular através da canalhice de HOMENS quererem decidir sobre como as mulheres devem se comportar. Homens devem ter o direito de decidir sobre os seus corpos e não sobre os das mulheres assim como elas nunca decidiram sobre congelamento de espermatozoides, por exemplo.
O CFM ou as mulheres não são favoráveis ao aborto, inclusive as mulheres que o praticam, não é um método contraceptivo ou faz parte de um planejamento familiar, pois é uma decisão dolorosa para elas e uma agressão ao seu corpo, são a favor do DIREITO AO ABORTO.
Pior ainda que homens querendo decidir sobre o corpo da mulher é existir religiosos se achando no direito de influir numa questão que não lhes diz respeito.
Estes legítimos cavaleiros das trevas, que sempre lutaram contra TUDO que é progresso na história humana, usam seu amigo imaginário invisível, dogmas e livros medievais onde determinam que as mulheres devem ficar caladas e aprenderem em silencio com toda a sujeição (Bíblia, Coríntios 14:34,35 e Timóteo 2:11).
Além disto, vivem de forma completamente artificial, sem mulheres e sem constituírem famílias e, devido a esta vida antinatural, curam suas frustações amorosas através da pedofilia. Essas pessoas que sequer eram para estarem existindo ainda não aprenderam a deixar a vida alheia em paz.
O aborto é um fato e, legalmente ou não, a realidade é que para quem tem condições é livremente praticado no Brasil, independente de existir Estado, legislação, homem ou religioso dizendo o que fazer. Sua legalização apenas deixaria mais seguro exatamente para a população mais pobre, pois teriam acesso a hospitais especializados e higienizados, pois são as que morrem em verdadeiros açougues clandestinos.
A hipocrisia no assunto é tão grande que os homens que querem se meter no assunto esquecem de pensar na mulher que é obrigada a gerá-lo e quais são seus planos, batalham para que a criança exista, mas não se importam com quem vai carregar um filho indesejável, com orfanatos lotados que fingem não existir e não fazem nada pela vida de um “não abortado”.
Com base em pesquisa de 2005, estima-se que ocorram um milhão de abortos induzidos por ano. Se fosse cumprir a lei atual teria que serem construídos 5,5 presídios por dia com capacidade para 500 mulheres cada.
Como a criminalização não vai resolver, se a intenção verdadeira for de reduzir o número de abortos, então que se invista em educação e principalmente em planejamento familiar.
Se fores contra o aborto, pelo menos seja homem de verdade e não atrapalhe o direito da mulher decidir sobre qualquer coisa relacionada ao seu corpo. Do batom ao aborto.
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