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Carlos Mello

Este conto está no Antigo Testamento (Gênesis 11,1-9), segundo a fantasiosa narrativa, foi uma torre construída pelos descendentes de Noé (aquele do Dilúvio), com o objetivo de chegar ao céu. O Tri-Deus não gostou da ideia e considerou-a uma afronta, achando que os homens queriam se igualar a ele.

Se usarmos a risível escala do tempo que aponta a criação de Adão no ano aproximado de 4.000 a.C. Então esta tentativa ocorreu aproximadamente do ano de 2.420 a.C., ou seja, 130 anos após o Dilúvio. Portanto, antes do início da Grande Pirâmide do Egito (2.170 a.C.), do nascimento de Abraão (1.976 a.C.) e da fundação do reino de Babilônia (1.894 a.C.).

Deus, como de costume, teve um chilique e, bem ao seu estilo, resolveu castigar os homens. Fez uma das suas mágicas e os viventes, de repente, começaram a falar vários idiomas diferentes e assim, com a confusão criada, não mais se entenderem e ficaram sem condições de continuarem a construção.

Esta estória é usada pela Igreja católica para explicar a diversidade da existência dos vários idiomas.

É tão engraçada quanto a do diluvio e a do homem que ficou três dias dentro de uma baleia. A sua infantilidade é tão ilógica que qualquer tentativa de explicar, para quem tem mais de quatro anos, fica exageradamente ridícula.

Este besteirol inicia sem considerar que o tal Deus, que afirmam ser onisciente, já sabia que eles iriam construir esta torre, então para ele não teria sido uma surpresa, além de ser inadmissível um Deus ser tão ignorante quanto as tribos que o adoravam, pois deveria saber que não tinham como chegar ao céu com uma construção que não chegaria nem a 200 metros de altura. Só para comparar: A maior pirâmide, a de Gizé, tem cerca de 150 metros.

Mais ridículo ainda é o medo de ser igualado se chegassem mesmo no céu.

Outra bobagem é como explicar que pessoas pudessem, de repente, perder e esquecer completamente o idioma antes natural e incorporar outro instantaneamente.

A historieta termina afirmando que por este “pecado” os homens se espalharam pela terra e assim deram origem as raças atuais, ou seja, mudaram o idioma e por consequência foi alterado também as raças.

Claro que, como TODOS os contos bíblicos, não existem qualquer evidências ou vestígios desta torre, que deveria estar situada na planície entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque).

Seria uma covardia pedir a algum crente nesta piada explicar porque Deus permitiu outras construções, que atualmente chegam a mais de 500 metros de altura, ou comentar sobre os voos e viagens espaciais que até agora não avistaram sequer um anjo, que inexplicavelmente sumiram completamente.

Algumas explicações dos religiosos como de que o “céu de Deus” não é este que nós vemos e que o da bíblia na verdade é um “Céu Espiritual" ou que as construções e voos são permitidos por Deus porque não tem a intenção de chegar ao céu, mais parecem zombarias para com a inteligência humana.