Carlos Mello
18/07/2012 | Meus Preconceitos.
Tenho vários preconceitos que não faço a mínima questão de perdê-los, até discordo de que sejam irracionais, acho que os meus são um tipo de pré-idéia, isto porque o tempo tem me mostrado que quase sempre estou certo.
Alguns exemplos que meus preconceitos conferiram 100%:
Carro com som alto, sempre acho que é um imbecil e que toda sua família é mal educada. Não imagino ser diferente. Se eu tivesse alguém assim na minha pensaria seriamente em trocar de sobrenome. Ainda de automóveis ou motos, coloco todos os sem surdina; com cores espalhafatosas; motor envenenado, os que ficam acelerando na sinaleira e outros detalhes como idiotas. Esses eu NUNCA errei.
Outras pessoas que conseguem me transmitir uma antipatia logo de primeira são os guardadores de carros que aparecem “ajudando” a manobrar e dizendo “Tá bem cuidado!”, como se fossem os donos da rua. Eu, por princípio, nunca dou qualquer valor, corro o risco de ter o carro riscado, mas não consigo colaborar com chantagem.
Também, por puro preconceito, sempre acho que é um sinal de pobreza, inclusive de espírito, quem usa cabelo estilo moicano, não consigo imaginar alguém assim num ambiente requintado ou que tenha uma conversa que se aproveite alguma coisa.
Tenho sido infalível quando acho que as pessoas que seguem o politicamente correto são chatíssimas, aquelas que apontam para um negão dizendo: “olha um afro-descendente”, mas não se chamam de euro-descendentes. Assim como os naturebas radicais que estão sempre propagando as vantagens da vida saudável, verduras orgânicas e os malefícios das carnes, açúcares e frituras.
Nunca errei quando meu lado preconceituoso diz que é puro fingimento quando uma balconista atende dizendo, “meu amor ..., meu querido ...”.Confundem atender bem com cinismo.
Ainda por puro preconceito, mas com menor nível de acerto, acho que devem ser chatas as pessoas que correm com uma garrafinha de água na cintura, que falam “um beijo no coração...” Que ao conversar não param de repetir “... endende?” e as que fazem aspas com os dedos para apontar uma ironia.
Faz parte desta minha lista preconceituosa não conseguir gostar de especialista em motivação de pessoal.
Há alguns anos atrás fui dar uma palestra sobre cálculos periciais em Passo Fundo. Como um palestrante não apareceu me pediram para aumentar meu tempo, acabei entrando no assunto motivação pessoal, falei da palhaçada que é dar as mãos para passar energia positiva; repetir quando acorda “hoje vou vender, hoje vou vender...”, rezar para se dar bem. Afirmei que a melhor motivação era simplesmente pagar bem, se querem motivar mais, paguem mais, simples assim.
Resultado: Fiquei uns dois anos sendo convidado para falar das bobagens das palestras motivadoras.
Por último, esses são mais idiossincrasias do que preconceitos: Eu jamais me relacionaria com alguém com tatuagens ou piercings ou que se vista tipo “dark”.
Desse grupo, quando uma tatuagem é discreta ainda tolero, mas escrever o nome do namorado no braço ou um dragão nas costas, por exemplo, eu imagino que essa pessoa deve ter o cérebro atrofiado, senão como poderia fazer uma coisa que não dá para ser retirado, ou pelo menos é difícil reverter?
Somente sou contra os preconceitos que discriminam de forma injusta, irracional e que acabem causando algum mal aos outros. Fora isto considero os meus como se fossem anticorpos repudiando alguma contaminação, um tipo de efeito preventivo natural, como uma vacina.
Sei que são preconceitos, mas a vida está confirmando que tenho acertado.
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