Carlos Mello
14/11/2012 | Dia das bruxas – Halloween
O que atualmente é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, onde as crianças se divertem vestindo fantasias de bruxas, zumbis, monstros, Dráculas, Frankesteins e usam objetos “assustadores” como caveiras e abóboras enfeitadas, já foi motivo de muito sofrimento aos seres humanos devido às crendices religiosas.
A história desta festa, que chegou até nós, devido a influencia norte americana, tem suas origens descritas em centenas de matérias na internet.
Como era uma festa que a Igreja não aceitava porque considerava uma festa pagã, foi condenada durante a Idade Média na Europa e passou a ser chamada de dia das bruxas.
Em 1487, dois monges dominicanos alemães, pessoas de bom coração, publicam um manual de caça as bruxas chamado “o martelo das bruxas”. Procurem na internet por "Malleus Malleficarum" que é o nome original em latim.
Este tétrico manual, bem ao gosto da hierarquia católica, que sempre odiou e perseguiu as mulheres, mostrava como identificar uma bruxa, por exemplo: Se uma mulher acariciasse um gato preto e a centenas de metros alguém se sentisse mal, isto era uma prova. O manual todo é uma obra contra as mulheres onde predomina e “legaliza” os atos de covardia característicos da Santa Madre Igreja.
Prova de que era dirigido às mulheres é que NENHUM BRUXO foi assassinado, sempre eram mulheres.
O Manual é bastante didático para ensinar como torturar as infelizes para fazerem confessar seus crimes e até como os inquisidores deveriam se absolver mutuamente após uma sessão de tortura. A obra também deixa claro que negar a existência da feitiçaria é uma heresia muito grave e que seria passível de morte na fogueira.
Só para terem idéia de como agiam essas santas criaturas: Em 1583, em Viena, uma menina de 16 anos sofria de dores no estômago, uma equipe de jesuítas a exorcizou durante semanas, no final anunciou que tinha expulsado 12.652 demônios que sua avó guardava em forma de moscas em alguns jarros.
A avó foi torturada até confessar que era uma bruxa e que tinha relações sexuais com Satã. Foi queimada na fogueira da Santa Inquisição.
Esta foi só mais uma das milhares de execuções realizadas durante três séculos de caça às bruxas pela Igreja Católica. (Fonte: James A. Hougth, “Holly horrors”. 1990.)
Essa parte da história da festa das bruxas nunca é contada em qualquer aula de religião. Os catequistas tem muito pouca memória para estas partes de sua gloriosa trajetória até os dias atuais.
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