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Carlos Mello
23/05/2012 | Religiosidade e Espiritualidade – Diferenças.
Entendo que religiosidade é praticamente o oposto de religião, vou justificar minha opinião.
A diferença básica entre elas é que a religiosidade, apesar de acreditar em algo irreal, que são o espírito e talvez vida depois da morte, ela proporciona uma ligação direta com o que se acredita, transcende a tudo, faz a pessoa verdadeira porque busca o sagrado em todos os livros e lugares e, o MAIS IMPORTANTE: Ela possui a maravilhosa capacidade usar o pensamento crítico e de questionar, é uma busca de um significado para o ser humano.
Já a religiosidade é repressora, tenta atrofiar o pensamento, segue preceitos de um livro ultrapassado cheio de falsidades, depende de igrejas e seus líderes ligados a cultos e dogmas.
Entendo que existem muito mais diferenças entre as duas filosofias. As mais significativas e que admiro são:
A religiosidade é a manifestação da espiritualidade, mas através de ritos e cultos, é aprisionadora, parte de uma lavagem cerebral desde criança, ameaça, amedronta, força a seguir regras dogmáticas, coloca o crente na posição de pecador e culpado, reprime tudo e alimenta o medo.
A Espiritualidade, ao contrário, não possui regras, é libertadora, é um convite ao raciocínio, à paz interior, alimenta a confiança e faz a pessoa se sentir verdadeira.
A religiosidade é para os que necessitam sentirem-se como ovelhas, precisam ser guiados, são buscadas e ainda pagam por isto.
A espiritualidade é para os livres, eles que escolhem o que encontrar e venerar.
A religiosidade causa guerras e desunião entre a humanidade.
A espiritualidade é motivo de união entre as pessoas.
A religiosidade enclausura num no passado decrépito e aponta para um futuro depois da morte.
A Espiritualidade foca o presente, faz procurar a felicidade no aqui e agora.
A religiosidade é seguir instruções de “representantes” de algum Deus que através de hierarquias e ridículas pompas, várias vezes incitam a matar e morrer em nome dele.
A Espiritualidade é a liberdade de seguir sua própria forma de falar com seu Deus, não necessitando convencer ninguém de sua maneira de crer, não seguir falsos procuradores divinos que a história mostra que nunca deram certo.
A religião é adoração que aliena a autoconfiança, cria mediocridades pensantes que seguem um livro que nunca leram.
A espiritualidade é meditação, é a religiosidade sem formatação dogmática, é uma forma mais evoluída que usa a liberdade para encontrar a divindade que acredita.
Não consigo compreender algum ser pensante seguir alguma religiosidade em pleno século 21, mas tenho a maior admiração por quem segue sua própria espiritualidade, pois acho que são pessoas que estão, a seu modo, compreendendo que estamos sozinhos, que somos frágeis e que devemos investir em conforto e proteção no nosso mundo, que talvez não exista outra chance.
Considero os que seguem sua própria espiritualidade como seres mais evoluídos do que os religiosos comuns, com eles é possível dialogar, pois não existe o fanatismo em suas mentes.
Talvez eles, mesmo não assumindo, saibam que Religião é uma doença e Espiritualidade uma cura.
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