Carlos Mello
28/09/2011 | Religião e os Dogmas Morais.
A humanidade levou séculos para entender a necessidade de separar a religião do Estado, pois quando dominaram, esta época passou a ser conhecida “carinhosamente” como a Idade das Trevas. Ainda assim estamos atualmente lutando por um Estado Laico de verdade.
A Igreja separada da ciência é uma coisa automática, nunca estiveram e jamais estarão juntas, são culturas completamente opostas. Ela tentou impedir de todas as maneiras seu desenvolvimento, assassinando muitos estudiosos, cientistas ou simplesmente pessoas que pensavam.
Mas atualmente ainda existe uma área em que a Igreja insiste em se apresentar como dona de alguma verdade. Pois tenta se apresentar como uma fonte provedora da moral. Com esta pretensa fantasia se acha com direito de opinar e influir em áreas em que ela não tem absolutamente nenhuma experiência, como os relacionamentos amorosos.
Questões como aborto, eutanásia, pílulas, divórcio, etc, sempre tem algum padre dando seu palpite. Por que razão um padre teria um conceito de caráter universal? Talvez em homossexualismo, no resto eles não têm nenhuma relação. É o mesmo que ouvir a opinião de um padre a respeito da origem da terra ou do universo.
Os crentes que professam alguma religião tem que serem respeitados, então o posicionamento de padres, por exemplo, pode ser importante dentro das suas igrejas. Que proíbam seus fieis de praticarem o aborto, se divorciarem para ficarem o resto da vida amarrados rezando, quando restrito aos seus cordeiros é compreensível. Mas quererem empurrar estas idéias aos que não pertencem aos seus currais é um sonho medieval. Pois política de Estado não deve se restringir ao pensamento dos que acham que existem coisas sagradas e que a vida é uma dádiva de Deus.
Assim como o pensamento religioso fez tudo que pode para impedir o desenvolvimento da ciência, também atrapalha o pleno desenvolvimento da verdadeira ética resultante da evolução das leis, que navegam em direção ao bem comum e nunca na defesa de anacrônicos dogmas religiosos.
A ética e moral secular devem atingir todas as pessoas. Assim que qualquer mulher católica tem a liberdade de não fazer aborto, não se divorciar ou não tomar pílula, mas querer aplicar a síndrome da proibição, tão características das religiões, para todos é um absurdo inaceitável.
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