Carlos Mello
25/02/2016 | Carnaval 2016 – Chinelagem sem verbas públicas.
Depois de 500 anos, várias prefeituras finalmente aparecem se conscientizando do desvio de dinheiro público para alguns microencefálicos intelectuais fazerem festa. Talvez seja um início de que a inteligência enfim comece a prevalecer sobre a ignorância.
Credito isto a um maior nível de informação, principalmente através das mídias sociais, porque os jornais continuam na pré-história da comunicação onde valorizam a quantidade em vez da qualidade e forçam em apresentar esta cultura do ridículo como uma arte popular.
Dinheiro público colocado em carnaval, como também em paradas gays, desfiles religiosos, eventos esportivos e outros são puro desperdício, são as aplicações mais estúpidas que existem e que interessam a alguns poucos desprovidos de inteligência. Quem gosta destas drogas deve fazer com seus recursos e jamais com dinheiro arrecadado de forma obrigatória pelos exorbitantes impostos.
Cabe esclarecer que nenhuma prefeitura proibiu ou cancelou algo, somente algumas deixaram de aplicar recursos em festas. Quem gosta vai poder continuar a pular como malucos fantasiados de idiotas felizes, mas com seus próprios recursos. Nunca deveria ter sido diferente, pois há alguns anos as “escolas” de samba não dependiam de governos, com o tempo foram pedindo e recebendo verbas que, por não existir mágicas, deixavam de ser usadas em educação, segurança, saúde, etc., que são coisas que realmente trazem benefícios para a coletividade.
Para nós sulistas, esta ridícula atividade, que saiu de sofisticados salões e que ganharam as ruas do Rio de Janeiro, se espalhou pelo país por força da mídia local, que influenciava bastante o resto do brasil. (brasil em minúsculo é proposital). Depois esta carioquice foi forçada por alguns “intelectuais” como um símbolo da cultura brasileira, e imitada pelos acéfalos imitadores para várias cidades brasileiras, assim como futebol.
Isto tem nada de cultural. Até poderia fazer parte da cultura tipo folclore se fosse emanado da espontaneidade popular, mas não, essa horrenda festa é uma imposição da mídia televisiva carioca, que vale para alguns cantões do brasil como a cidade do Rio de Janeiro, Salvador, etc.
Também o conceito de cultura é elástico, mas uma definição simplificada poderia ser definida como manifestações advindas da autenticidade, das origens e costumes das populações e divididas em vários tipos como a culinária, como exemplos o pão de queijo mineiro, o churrasco gaúcho o acarajé baiano. Ou musical como o forró nordestino, o fandango gaúcho, o samba carioca, etc. E assim nas expressões idiomáticas, literatura e outras.
A cultura é uma forma de transmissão de conhecimentos que transcende os interesses populistas de festas municipais ou nacionais e antecede a atos forçados comercialmente como os praticados nas canetadas que impõem as festas dos covardes conhecidas como Rodeios, o Rock in Rio e outros movidos com dinheiro de impostos.
Então caberia ser esclarecido que tipo de conhecimento o carnaval pode trazer?
Saber pular melhor, saber se fantasiar melhor?
Saber conviver com cheiro de suor, barulheira, mulheres apelando para aparecer, pessoas urinando em qualquer lugar, sujeira e trios elétricos?
Esta festa tem nada de cultural, não contribui para melhorar sociedade. Até o contrário, o povão estaria bem melhor se estes tipos de festas alienantes não existissem.
Acho que começaram a entender do despropósito que é deixar de investir em tantas necessidades que temos para colocar numa festa de alguns dias que só serve para pessoas desprovidas de instrução e saúde, exatamente as vítimas desta excrescência de uso do dinheiro público.
Parabéns aos municípios que se adiantaram ao futuro e que certamente usarão melhor, ou menos pior, seus recursos do que investirem em festa de pura chinelagem intelectual.
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