Carlos Mello
27/06/2012 | Rio + ou – 20
A sensação de que a Rio+20 não serviu para nada, a não ser gastar o dinheiro que deve estar sobrando nos cofres oficiais, é mais razoável que a sustentabilidade invocada pelos brincalhões desta conferência.
Todos os temas abordados são importantes e devem ser racionalizados, mas este é o caminho natural, para isto não precisa ser feita nenhuma conferencia.
O problema é que este tipo de evento, com a participação popular, vira um Carnaval de ativistas de todas as matizes onde o que mais aparece são quem não entendem do assunto, mas discursam e protestam contra a economia capitalista, como se algum outro tipo de economia seria uma solução.
A questão principal entre centenas de temas voltados à sustentabilidade e desenvolvimento, logicamente sob meu ponto de vista, deveria ficar restrita a um só: Controle do aumento populacional, todos os outros temas são relacionados com a nossa lotação planetária.
Não existem milagres, nenhum maravilhoso plano econômico ou social vai poder dar qualidade de vida para SETE BILHÕES de bocas, pois todas necessitam comer, respirar, consumir água, e ter um mínimo de necessidades básicas atendidas.
Algumas sociedades, além deste básico, querem também luz elétrica, casas, algum tipo de transporte e roupas.
Outras sociedades, as mais evoluídas (termo proibido pelos invejosos de baixo da pirâmide) querem além de tudo isto, transportes de qualidade, boa educação, viajar, vida social agradável e até sobremesa.
No caso brasileiro ainda existe quem ingenuamente defende que poderíamos ter uma população maior, como se quantidade fosse melhorar alguma coisa. Este pensamento, que só faria aumentar a massa de ignorantes, serve a políticos ávidos por quantidade de votos e religiosos que também se beneficiam destas populações.
Uma população mundial a caminho do oitavo bilhão não tem chance de ter alguma coisa sustentável, como não existe mágica, somente para suprir as necessidades básicas já é inevitável aumentar consumo de água, recursos naturais, diminuir florestas e aumentar áreas para cultivo, com todas as suas consequencias.
O problema é que os índios, por exemplo, querem terras que consideram suas, que ninguém opine se estão assassinando suas crianças, afinal é sua cultura, mas querem as vantagens da civilização, pois preferem não fazerem nada num mundo que evolui, mas não dispensam andar com GPS. Os ativistas do Greenpeace não dispensam o combustível para ficarem passeando e protestando. Todos os ativistas que protestam contra o consumismo do capitalismo estão equipados com LapTops, celulares, maquinas digitais, comem nos melhores hotéis e não vivem sem ar condicionado. Assim não tem como resolver.
Para compensar o domínio dos esquerdistas, que são mais barulhentos nas ruas, os “direitistas” organizaram o Rio Menos 20, mas exageraram na dose ao colocarem pessoas que entendem ao lado de palpiteiros, exatamente como na Rio+20 que criticavam, pois tinham cientistas interessantes ao lado de pessoas da TFP e até de um “príncipe” da casa real brasileira (não é piada) que, como não poderia ser diferente, falou bobagem ao justificar a multiplicação humana como uma benção e culpar os desvarios do ambientalismo à ausência do Deus que ele venera.
Todos estes assuntos deveriam ser tratados entre cientistas e então que elaborassem um documento com sugestões. Mas da forma como está, com participação popular, virou carnaval, pois fizeram de tudo que foi possível para ridicularizar o evento defendendo modos de vida que levariam a humanidade de volta às malocas.
Na verdade teríamos que ser sinceros e admitir que populacho entende mesmo é de futebol e carnaval e não deveriam opinar fora destas áreas.
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