Carlos Mello
24/12/2014 | Não é por causa do bloqueio americano.
O embargo americano à ilha de Cuba não funcionou, a ideia era isolar a ilha que nunca ficou isolada, na verdade só ajudou a dar evidencia a uma ilha medíocre, que seria noticiada no máximo como suas vizinhas Jamaica, República Dominicana ou Jamaica, ou seja, quase nunca. Nem por ser um comunismo para o povo (não para seus dirigentes), pois este sistema tem em vários lugares do mundo e não estão na mídia por este motivo.
Também o anacrônico embargo só existe para negócios diretos com os EUA, porque todos os demais países do mundo mantem relações e comércio normal, fora que se fosse uma necessidade adquirir produtos exclusivos americanos poderia comprar através de qualquer outro País como México, e as demais necessidades poderiam buscar do Japão, Europa, China, Brasil, etc.
Lembrando que antes da revolução “salvadora” que tirou uma ditadura e colocou outra, em 1959, a desculpa era a presença de relações econômicas com os EUA. Depois o problema se tornou a ausência de relacionamento o vizinho. Isto já afasta a afirmação corrente entre as esquerdas de que o embargo americanos é o causador da miséria cubana, como se somente o comércio com os malvados capitalistas fosse a solução para seus problemas.
Então qual mesmo é o problema daquela ilha que sempre usou o coitadismo para viver como dependente de países corruptos como o Brasil?
Porque não adquirem os produtos que lhe são necessários?
Porque seu povo não tem uma boa qualidade de vida?
Apesar de respostas para problemas de economia não serem simples, neste caso é: Porque eles não têm poder de compra.
Não tem o que oferecer para auferir divisas. Cuba é pobre porque o trabalho dos cubanos não é produtivo, com isto emitem moeda sem lastro, o que faz seu valor ser muito baixo.
O problema dos comunistas é que produtividade é coisa de capitalista, só o empreendedorismo pode realizar e racionalizar uma economia.
Mesmo que o governo cubano venha a abrir a economia e que sua agricultura aumente bastante a produção que permita fazer alguma exportação, provavelmente faltará infraestrutura como ferramentas, máquinas, estradas e transportes, isto porque a importação de bens de capital é um monopólio do governo, e monopólios nenhum é eficiente, se do governo pior ainda.
Das poucas coisas boas da política cubana é sua medicina popular, muito criticada pelos corporativismos brasileiros devido a sua baixa qualidade, mas exatamente por isto que advém seu sucesso, pois logicamente que não é feita para os donos do poder e sim para o populacho. E por isto conseguiu satisfazer o básico, que são as maiores necessidades em países do terceiro mundo, que realmente não necessita ter médicos doutores, então profissionais menos classificados mas que atendam as necessidades básicas está perfeito. Isto porque na maioria das vezes se necessita de prevenção e principalmente informações para diminuírem o número de filhos e não de aparelhos sofisticados.
Por isto eles conseguiram ter um aumento populacional zero, mantendo por décadas uma população de cerca de onze milhões.
Só para ter uma ideia, aqui no Brasil atualmente tem um crescimento populacional oficial de cerca de mais de 1%, e já foi muito maior, para uma população de mais de duzentos milhões, sendo que a maioria é composta de miseráveis, o que inviabiliza qualquer desenvolvimento humano.
Essa aproximação do gigante mundial com a medíocre ilha caribenha é uma joga politica, pois vai retirar o coitadismo e qualquer desculpa de Cuba no cenário latino-americano e vai afastar a influência russa e chinesa do Caribe e por tabela liquida com a piada da UNASUL.
Para o Brasil a única coisa boa será que talvez assim Cuba possa pagar os empréstimos secretos do nosso governo, e não acabar perdoando dívidas como fez com as ditaduras amigas da África.
No mais será somente perda, pois nem para administrar o porto de Mariel, na qual colocou mais de um Bilhão do nosso dinheiro, o Brasil foi lembrado. Os cubanos preferiram a competência. Entregaram a administração para a PSA International, que administra o Porto de Singapura, com a vantagem de esta empresa não ter colocado dinheiro de seu povo na construção.
Ou seja: O Brasil vai continuar seguindo uma estranha logica de continuar com baixas taxas de investimento e carência em estradas, portos, aeroportos, logística, saúde, educação e tantas outras áreas devido aos financiamentos em outros Países, e na hora do lucro eles escolhem os mais competentes, jamais consideram colocarem uma “cota” para os otários brasileiros.
Compartilhe
- Dia de Santa Adelaide
- Dia de São José Moscati
- Dia do Butantã
- Dia do Reservista
- Dia do Síndico - Porto Alegre
- Dia do Teatro Amador