Carlos Mello
24/07/2013 | O Vaticano - Um pouco de história recente.
As ditaduras nazista e fascista ainda são temas correntes nos dias atuais devido ainda gerarem grandes discussões.
Todos possuem opiniões sobre a 2ª guerra, quase sempre contra as atrocidades dos ditadores, especialmente o extermínio dos judeus.
Mas, se o nazismo é um tema polemico, a atuação da Igreja Católica frente ao holocausto é também motivo de controvérsia e tentativas de forjar um passado nada brilhante para esta religião que atualmente se auto intitula “da paz”
A Igreja católica sempre foi ligada aos ditadores de cada época, e não seria diferente a criação do Estado Piada que é o Vaticano senão através de um ditador, Benito Mussolini, que dominou a politica fascista italiana de 1922 até ser morto em 1945.
Portanto o Vaticano é criação de uma ditadura.
Como um bom filhote de ditadura, este enclave dentro do Estado italiano, fez jus aos seus criadores ficando em silencio quando, em frente às suas janelas, eram cometidos os maiores crimes contra a humanidade pelos nazistas. Era um apoio implícito ao genocídio sob um cínico neutralismo.
O Papa Pio XII, que era o rei do Vaticano durante a 2ª guerra, negou-se a condenar as atrocidades praticadas pelos seus amigos nazistas contra judeus, conforme solicitado pelas forças aliadas, com a desculpa que esta condenação não incluía um repúdio às perseguições religiosas movidas por Stalin contra os cristãos. Mas não teve como se desculpar quando alguns meses depois, em represália a um atentado dos Partisans, os nazistas executaram 335 reféns civis italianos, 75 deles judeus, conhecido como O Massacre das Fossas Ardeatinas.
O mesmo silencio foi repetido em Outubro de 1943 quando tropas da SS levaram 1060 judeus do Gueto de Roma, da estação Tiburtina diretamente para Auschwitz. Era um domingo de oração do “Santo Padre”, 17 de outubro de 1943.
A verdade é que o Vaticano passou, quase toda a guerra, em silêncio frente às atrocidades cometidas pelos seus amigos e criadores deste Pseudo Estado sob a desculpa de que não poderia influenciar nas decisões nazistas. Somente no final da guerra, quando vislumbrou a derrocada nazista é que apareceu como defensor. Mas era um desculpa mentirosa, tanto que o Vaticano mesmo, sem ter como justificar, apresentou um arrependimento formal através da “Comissão do Vaticano para Relações Religiosas com os Judeus”, instituída pelo papa João Paulo II, em que o cardeal australiano Edward Cassidy, teatralmente batendo com mão no peito pediu perdão à comunidade judaica pela inexplicável omissão.
Espertamente este gesto público, por saberem que é embaraçoso, como todos os desta Igreja, não foi feito pelo Papa e sim através de uma hierarquia mais baixa do clero.
Por estas razoes que não se deve estranhar como a história se repete ainda atualmente.
A figura deste novo Papa argentino iniciou sob criticas sobre sua conivência em relação a ditadura militar argentina de 1966 até 1983. Como chefe da Congregação Jesuíta, o então padre Bergoglio ficou em silencio frente à repressão militar.
Nenhuma novidade, mesmo considerando as circunstâncias diferentes, a atuação destas “Santidades” frente a regimes totalitários as deixam duvidosas como referencias morais para os povos, são coerentes somente para o cristianismo e sua sanguinária história.
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