![](http://45.7.168.149/uploads/colunistas/f1da6b4c2bfdf3cb3eab8cb2e17b8ad5.jpg)
Carlos Mello
05/10/2011 | Viver sem religião
Os religiosos pensam que é impossível viver sem religião, isto é uma consequência da lavagem cerebral a que foram submetidos desde a infância e da qual não conseguem se libertar. É uma idéia baseada no medo, pois são assustados desde cedo com ameaças de inferno, de idéias de pecados, de imagens de um crucificado com bastante sangue, de um livro cheio de exemplos de castigos e até medo dos próprios deuses. E o maior de todos os medos que é o da morte. Por isto, na história das religiões a morte e a tortura foram as armas mais utilizadas para se imporem junto as infelizes populações.
O medo não é bom conselheiro, pois tira toda a segurança gerando ira e ressentimento.
Nós, diferentemente dos irracionais, antecipamos o futuro, e isto nos causa agonia, porque nos prendemos à vida de tal forma que fica difícil aceitar que tudo tem um fim, o que não desejaríamos, mas aceitar este final é essencial para uma vida tranquila, não deveríamos criar ilusões acerca existir continuidade após a morte. Este medo irracional desta inevitabilidade faz a sobrevivência dos embusteiros.
As religiões e seus Deuses são um engodo que se sustentam e propagandeiam o medo vendendo uma solução maravilhosa que é encontrar de novo todos os entes queridos num lugar celestial. Mas se não comprarmos este pacote apresentado somos ameaçados de sermos atingidos por um mal que eles sabem descrever melhor que o paraíso.
Nas mais populares orações da cristandade diz "Livrai-nos do mal" e “Mãe de Deus rogai por nós...” mostrando uma insegurança na busca de amigos imaginários habilmente apresentados pelos espertalhões que dizem terem respostas para tudo, mas que na verdade são ilusões inventadas, usam a lavagem cerebral para os incautos não perceberem que suas respostas utilizam a emoção do medo irracional infantil. Por isto necessitam referenciar seus deuses como um Pai ou Mãe, lhes atribuindo os seus sucessos porque acham que dirigem seus destinos e providencialmente esquecem as mazelas e fracassos que, pelos seus dogmas, estes mesmos deuses são responsáveis.
Atualmente as religiões, crendices e todas as formas de misticismo têm sua maior ameaça na liberdade das idéias, que por tanto tempo mantiveram encarceradas através de muito derramamento de sangue de quem se opunha às suas draconianas teorias.
Os arautos das crendices podem perdoar qualquer crime, menos a falta de fé em seus dogmas, porque assim eles enxergam a nítida imagem de seu fim, pois os céticos já compreenderam e mostram a todos que suas idéias são ilusões. Que seus argumentos são exageradamente frágeis e não apresentam qualquer evidência.
Qualquer cientista ao fazer uma descoberta ou apresentar uma teoria não vem acompanhada de mistérios, jamais se ofende se alguém duvidar ou questionar o que apresenta, ao contrário, agradece os questionamentos e fica grato se alguém lhe prove que está errado.
Mas os religiosos se sentem ofendidos a cada questionamento, cada dúvida apresentada. Tem o mesmo comportamento dos mágicos e ilusionistas, que não podem revelar seus truques, exatamente porque são enganos, são mentiras repetidas há milênios.
O ser humano não precisa crendices e misticismos para ser bom e feliz, precisa de racionalidade, ciência, respeito por si e pelos outros, mesmo sabendo que a ciência não nos pode dar todas as respostas, mas é a realidade e o que temos de melhor.
Compartilhe
- Dia de Santa Adelaide
- Dia de São José Moscati
- Dia do Butantã
- Dia do Reservista
- Dia do Síndico - Porto Alegre
- Dia do Teatro Amador
![img](http://45.7.168.149//temas/site/assets/img/img-ad.png)