Carlos Mello
10/04/2013 | Custo da passagem de ônibus e gangs disfarçadas de estudantes.
Semana passada houve protestos organizados contra o aumento das passagens, que tiveram uma majoração de 7%.
Protestar é saudável porque questiona alguma coisa e obriga a aparecer esclarecimentos, nisto o protesto pelo aumento das passagens não tem nada de errado e deve ser apoiado. Mas sempre é bom que se proteste com algum argumento e não se juntar a uma turba e sair gritando palavras de ordem. Nisto aquilo que se viu não foi um protesto, pois com bandeiras de gangs políticas, quer dizer, partidos políticos (é a mesma coisa) deixa de ser um protesto e passa a ser uma manifestação com interesses partidários, principalmente com gangs como PSTU, PT,PSOL, PC e outros exemplos da vanguarda da incompetência, que são muito bons em fazer arruaças e ruins em resolver alguma coisa.
Aquele tropel que tomou conta do centro de Porto Alegre eram mais arruaceiros do que estudantes, pois quem usa toucas ninja, depredam veículos, picham paredes e atacam pessoas estão mais para criminosos do que para estudantes, e se tem estudantes junto, seguramente não eram os mais brilhantes.
Também se deveria conferir entre os “estudantes” que estavam reunidos nos protestos quais são da área de economia ou administração de empresas com mais de um semestre de aula, se houverem, devem ser convidados a procurarem outros cursos que não tenham noções de custo, porque eles estão procurando a profissão errada. Para os que ingressaram através de cotas, devido a sua menor inteligência, poderia ser considerados os que se já estivessem no oitavo semestre.
O preço das passagens é determinado pelo CUSTO de diversos fatores, e este custo é controlado exatamente para não ser manipulado.
O princípio do cálculo é simplíssimo: Divide-se o custo do sistema pela quantidade de PAGANTES.
Então uma noção básica de custos: (até cotista vai entender)
Vamos supor uma população de 100 pessoas que tenham que cobrir o custo, considerando todos os itens, inclusive o lucro, de um transporte que tem o custo de R$ 1.000,00. Dividindo-se pelos usuários tem-se o valor de R$ 10,00 por cada.
Mas então resolvem, por alguma razão, que 20 pessoas só vão pagar a metade deste custo. Como milagres não existem, isto equivale a dizer que os outros vão ter que cobrir esta diferença, ou seja: Serão 100 a usarem mas o custo será dividido para 80 pagantes mais 20 pagando a metade, conforme esta equação:
R$ 1.000,00 / (80 + 20/2) = R$ 11,11
Ou seja: a passagem aumenta em 11,10%
Então aparece um populista e presenteia mais 20 usuários que não pagarão esta passagem, o custo será dividido entre os outros e o preço vai ficar:
R$ 1.000,00 / (60 + 20/2) = R$ 14,29
Então só nestes dois exemplos o valor original já aumenta 42,90%
Se for considerar todas as outras bondades com dinheiro dos que pagam e que antidemocraticamente não foram consultados se queriam ou não cobrir essas politicagens, a passagem vai AUMENTAR ainda mais.
O preço da passagem de ônibus de Porto Alegre, sem estes benefícios, seria de R$ 2,10 e não R$ 3,05. Isto quer dizer que tem um acréscimo de mais de 45% no preço só por conta dos privilégios concedidos.
A prefeitura deveria aproveitar que os preços vão ter a descriminação de seu custo e apresentar o valor da passagem desta forma:
Valor da passagem R$ 2,10
Subsídios e privilégios R$ 0,95
Valor a pagar R$ 3,05
Então se os que protestaram são mesmo estudantes pensando na população, deveriam examinar a planilha de custos e então criticar se algo estiver errado.
Mas se fossem mesmo sinceros em sua intenção já poderiam propor extinguir seus próprios privilégios, de pagarem meia passagem, para que toda população pagassem o valor real da passagem. Afinal aquelas bandeiras partidárias adoram dizer que combatem os privilégios (dos outros).
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