Carlos Mello
12/09/2012 | CIRCUNCISÃO é mutilação genital religiosa.
Sempre que aparecem defensores da liberdade religiosa se queixando de estarem sendo perseguidos é no mínimo suspeita sua real intenção. Normalmente estão defendendo a prática de algum ato baseado em empoeirados dogmas, e o que é pior, também normalmente referente a emboscadas à crianças indefesas, que é seu alvo favorito.
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Na Alemanha, neste final de semana, aconteceu algo inesperado, foi formada uma inusitada união de 300 manifestantes judeus, muçulmanos e cristãos a favor da liberdade religiosa e da descriminalização da circuncisão naquele País. Quando se trata de diminuir suas crendices eles se unem.
Se isto estivesse acontecendo há 500 anos seria normal, considerando a época das trevas que a humanidade estava vivendo, mas atualmente querer manter o ato bárbaro de mutilar um bebê, uma criança ou um adolescente que não tem qualquer chance de escolher sobre seu corpo é, independente de qualquer ponto de vista, uma covardia.
Eles não deixam para fazer isso quando as crianças tiveram 17 anos ou mais pelos mesmos motivos que não abrem mão da lavagem cerebral: A nenhuma chance de a vítima poder decidir sobre uma escolha que deveria ser sua, ainda mais que é uma operação irreversível.
Fogem covardemente de esperar o bebê chegar a ter consciência plena e poder decidir por si mesmo, mantendo assim um costume da era das cavernas.
Para ter uma idéia da barbárie, pela tradição judaica, o circuncidador, após o corte em torno da cabeça do pênis do bebê, tira o prepúcio chupando com a boca, cuspindo-o em seguida juntamente com o sangue da mutilação, conforme a foto acima anexada.
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Num ato desesperado de manter essa religiosidade estúpida chegam a alegar algumas vantagens nesta mutilação. Isto reforça a hipocrisia da intenção de manter essa prática, até ridiculamente comparando ao teste do pezinho.
Obviamente que se houver necessidade de uma intervenção definida por critérios médicos, esta deve ocorrer, mas jamais pautada por superstições religiosas.
Ainda se tivesse acontecido de o homem não ter evoluído intelectualmente, que felizmente ocorreu o contrário, argumentos a favor são tão risíveis quanto apontar as vantagens de retirar as glândulas sudoríparas por motivos de higiene, ou castrar os homens para ficarem mais dóceis e sensíveis, além de diminuírem o número de estupros e existir um efetivo controle de natalidade.
Não se trata de procurar justificativas, mas do uso de uma prática tribal mantida à força até os dias de hoje, que é pegar crianças saudáveis e mutilá-las por critérios religiosos. Por este motivo a Organização Mundial de Saúde condena o ritual e o considera uma barbárie.
O problema é que os fanáticos não pensam, se o fizessem se dariam conta que se Deus fez o corpo humano perfeito, porque teria que ser feita alguma correção? Porque Deus pediria isso para Abraão, como justificam? Estão assumindo que Deus errou!
Logicamente que não são todos os crédulos destas religiões que aceitam estas idéias irracionais, os pais mais bem instruídos e não tão sensíveis ao fanatismo retrógrado não aceitam levarem seus filhos para serem mutilados devido a um desenvolvimento cultural fazendo de boa parte dos seguidores destas seitas. Mas é assustador ainda existir esta prática e inaceitável os governos serem coniventes com isto em pleno século 21.
Estranho é que existem pais que jamais aceitariam colocar piercings ou tatuarem seus filhos, mas aceitam bovinamente uma amputação deste tipo.
Pelos mesmos motivos existe a circuncisão feminina através do corte do clitóris, que é muitíssima pior que a masculina, e é aplicado nas muçulmanas no Oriente Médio e África, na verdade nas filhas de muçulmanas, de forma exageradamente covarde e cruel.
Circuncisão é um nome pomposo, o correto deveria ser “mutilação genital”.
RELIGIOSIDADE = ? ??= (11/09)
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