Carlos Mello
02/05/2012 | Cotas racistas – Um premio à incompetência.
Qualquer grupo que assume precisar de algum artifício para ter condições de competir numa área intelectual está explicitamente concordando que não tem a mesma qualidade dos concorrentes normais, que estão em outra escala. Nenhum teórico cotista racista pode negar isto, senão para que cotas? Porque são melhores ou mais inteligentes? Obviamente que não.
Os judeus e israelitas são um bom exemplo, foram perseguidos e injustiçados muito mais que qualquer outro grupo na história da humanidade, no entanto é inimaginável eles pensarem em pedir algum tipo de vantagem artificial para competir em alguma área. Pelo raciocínio dos racistas, eles devem ser superiores aos comuns, pois teriam mais direito que qualquer outro grupo. Então existem os inferiores, os comuns e os superiores? Esta é a lógica das cotas. Pelo menos são honestos ao se colocarem na posição certa.
Os governantes adoram distribuir benesses à custa de uma população de maioria ignorante, e dessa forma suas decisões raramente são inteligentes, principalmente vindo de um governo exageradamente populista, como o atual, que cria todo tipo de bolsa demagogia. Nessa linha de filosofia acabaram arrombando as portas das universidades em detrimento da meritocracia, já que os mais eminentes representantes do judiciário conseguiram não ver que discriminação pela cor da pele é inconstitucional.
São tão guardiões da Constituição como os políticos são dos cofres públicos.
Os espertos racistas cotistas fazem referencia a uma "dívida histórica". Isto é uma retórica que demonstra um ranço de recalcados. É argumento de debilóide achar que um branco atualmente seja culpado pela escravidão de desconhecidos num longínquo passado. Isto até parece coisa de religião que apregoa que toda a humanidade é culpada pelo pecado de Eva.
E risível usar o que aconteceu há séculos atrás para encobrir a incompetência (ou interesse) do governo não ter investido no ensino básico, que seria a forma correta de dar a mesma oportunidade para todos. Ao invés disso, criam uma injustiça acabando com a honestidade do vestibular, o que certamente criará um acirramento entre os injustiçados, pois este sistema de cotas raciais é uma fomentação do racismo, anulando os verdadeiros valores ao considerar algo supérfluo como a cor da pele.
Certamente no futuro vai haver mais consideração ao se usar o serviço de alguém que possa ter vindo de alguma área com cotistas, pois ali pode estar alguém cuja confiança é questionável devido não ter tido capacidade de chegar a algum posto exclusivamente por seus méritos. Precisou usar a bengala da cota racista. A não ser que no seu diploma conste a observação: “Este profissional não utilizou cotas”.
Eu estudei em internato, depois em colégios públicos, gastava mais metade do que ganhava para fazer cursinho, com isso passei numa Universidade Federal.
Queria ver algum teórico desta forma de racismo explicar porque eu seria preterido por alguém que estudou menos ou tinha menos capacidade, só porque tem a cor diferente? Isto seria justo? Que eu e outros na mesma situação tem a ver com a escravidão? Nunca tivemos escravos.
Imagino quando esses cotistas entrarem na sala de aula e encontrar o olhar dos colegas pensando: Que nota ele deve ter tirado? Quem deve ter sido prejudicado para ele estar aqui? Porque unicamente pela sua competência intelectual não estaria ali. Teoricamente pode alguém com direito não utilizar, embora até agora não vislumbrei nenhum negro falar contra as cotas.
Nos grandes meios de comunicação só aparece as opiniões de quem aprova, e em qualquer discussão, quando os favoráveis às cotas escutam opiniões diferentes das suas e não conseguem debater visto não existir argumentos sustentáveis para isso, fogem do debate e ironicamente usam a hipocrisia apontando os que não concordam com este absurdo como racistas. De preferência até ameaçando de alguma forma. Eles estão confundindo o deplorável sentimento racista com o de discordar de uma idéia tola.
Os magistrados têm uma qualidade inegável, refletem exatamente o pensamento da maioria do povão passivo e babaca que sustenta aquele reino: A esperteza em primeiro lugar.
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