Carlos Mello
13/11/2013 | Parábola do rico e de Lázaro - Mais um episódio ridículo da Bíblia
Esta parábola encontra-se em Lucas 16:19-31
É mais uma das estórias que a bíblia apresenta e, como quase todas, é completamente sem noção. Os religiosos, atualmente, afirmam que não deve ser seguido literalmente e sim ser interpretado como uma lição de moral.
Como eles mesmos afirmam que deve ser interpretado, e como interpretar não é monopólio de nenhum grupo, desde que terminou a inquisição, aqui vai uma interpretação:
Inicia com a morte simultânea de um rico e um mendigo.
Claro que o mendigo era bom e foi para o Paraiso e o rico foi para o inferno. Lá do inferno, entre as chamas, sofrendo, o rico observa o mendigo e Abraão juntos.
Lucas 16:23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
Lucas 16:24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim!
A primeira observação é que o Paraíso e o Inferno ficam próximos, mas tão próximos que os jubilados e os condenados podem até conversar.
Deve fazer parte do lazer eterno das almas bondosas ficarem olhando e escutando o sofrimento dos condenados. Uma situação no mínimo macabra.
Lucas 16: 4 (...) E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Lucas 16:25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
Lucas 16:26 E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
A dramática negação de um pingo d’água por parte do bondoso Abraão já serve de ameaça do quanto será ruim ir para o inferno. O objetivo não é outro senão o de colocar medo nos crentes e se conformarem com a pobreza aqui na terra, porque ser rico e ir para o céu é impossível.
Ou seja, como o rico viveu bem a vida nem foi considerado se foi bom ou não, seu pecado foi SER RICO, então ele tem que sofrer, Já o pobre, não interessa o que fez, vai para o céu.
Os ricos que são católicos provavelmente não leram esta parte do seu livro sagrado.
Enquanto isto o rico, ou melhor, a alma do rico, continuava sendo queimada sem qualquer chance de sair daquela situação, só poderia mesmo olhar e conversar.
E o Lazaro, que estava posando de anjo com sua bela alma, não esboçou qualquer palavra em auxilio do rico.
O rico, que era o malvado da história, mostra que era altruísta ao pensar nos seus parentes e implora que Lazaro seja enviado novamente à terra para avisa-los do perigo de não crer em Deus (v. 27-28), mas Abraão, sempre “compreensivo” mais uma vez demonstra sua benevolência:
Eles têm Moisés e os Profetas; ouça-os. Se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. (Lucas 16:29 e 16:30)
Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. (Lucas 16:31).
Ou seja: Se não tiverem fé cega e não acreditarem na Bíblia, nem ressuscitando mortos iriam acreditar.
Para confirmar a animosidade de Deus contra os ricos, tem uma pérola da Bíblia que confirma isso:
"É mais fácil a um camelo passar pelo furo de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus".
Quem disse essa bobagem? O mais conhecido dos três deuses principais dos cristãos, o filho Jesus. (Lucas 18:18-30)
Os teólogos se desesperam em forçar valer as suas interpretações deste trecho afirmando ser apenas uma alegoria para alicerçar suas crendices, que Jesus não falou qual o tamanho era a agulha, que existia uma porta em forma de agulha e outras espertas explicações que atualmente nem crianças aceitam facilmente.
Desconsiderando os absurdos e contradições da pobre narrativa, se chega à conclusão de que o inferno e o céu são muito próximos em sua geografia e que as almas possuem olhos, língua e o dom da fala.
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