James M. Dressler
06/11/2014 | O Tempo
O tempo, considerado por Einstein a quarta dimensão do universo, é até hoje um dos maiores mistérios da Física. Podemos estar imersos no tempo, sem realmente entendê-lo, ou até mesmo podemos chegar à conclusão que o tempo é só uma ilusão criada por nosso cérebro para tornar o universo compreensível.
Se começarmos a pensar sobre o tempo, a primeira coisa que parece fazer sentido é que o tempo está relacionado com movimento, e movimento quase que necessariamente envolve a existência de alguma força. Imagine um universo em que nada se movesse, nem mesmo as partículas subatômicas, como os elétrons circulando núcleos de átomos. Haveria a noção de tempo em tal universo? Tempo para quê, se passado, presente e futuro são exatamente iguais?
Mas no nosso universo, é claro, existe movimento, e é a partir desta observação que a noção de tempo existe. Um objeto estava aqui na minha frente há poucos momentos, agora não está mais. Na própria frase já está embutida toda a lógica do tempo.
Mesmo assim, essa noção do fluir do tempo, a realidade é assim mesmo ou é nosso cérebro que faz esta consistência de passagem do tempo gradual? É esta sensação então uma ilusão criada pelo nosso cérebro, semelhante à que acontece quando vemos um filme, nada mais que uma seqüência de fotos exibidas rapidamente?
Por outro lado, o tempo realmente pode apenas fluir para frente, e jamais para trás, tornando o sonho da viagem no tempo para o passado (viajar para o futuro viajamos o tempo todo!) impossível? Se lembrarmos dos tempos do segundo grau, vamos lembrar daquela lei da termodinâmica que diz que a desorganização do universo sempre aumenta e, portanto, a viagem no tempo para o passado é impossível, porque isso obrigaria todo o universo a diminuir sua desorganização (entropia). Ou seja, tudo que aconteceu no universo inteiro teria que “desacontecer” para você poder voltar ao passado. O inusitado é que aí nem você mesmo saberia que está de volta ao passado, ou seja, você estaria vivendo aquele momento como o um “novo” presente. Mas quem garante que isso não é exatamente o que está acontecendo neste momento?
E por que falar do tempo? Porque fico pensando que forças poderiam agir e quanto de movimento resultaria daquelas três horas entre o fechamento das urnas na maior parte do país e a divulgação dos primeiros resultados da eleição presidencial de 2014. Fico pensando por que nenhum partido levantou qualquer objeção quanto ao início do horário de verão antes do segundo turno da eleição, e por que também não se adotou um horário único simultâneo em todo país para votar. Ora, onde o fuso não é o mesmo de Brasília, que a votação começasse antes no horário local, para que as urnas fossem fechadas simultaneamente em todo país e a apuração começasse a ser divulgada imediatamente.
Tempo, este mistério da Física. E da Política.
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