James M. Dressler
04/02/2019 | O Novo Congresso
Tomaram posse na sexta-feira passada, no primeiro dia de fevereiro, os novos congressistas nacionais brasileiros. Diante de uma renovação em torno de 50%, muito se espera novas práticas de nossos deputados e senadores. E logo após a posse, houve a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.
A nova formação do Congresso tem uma maioria que aparenta ser a favor das reformas, tendo os partidos de esquerda perdido um pouco de espaço. Se isso vai se confirmar na prática? Difícil ter certeza, mas a tendência é esta, já que o PSL obteve a segunda maior bancada, o PSDB é reformista, e o PMDB segue quem está no poder. E tem o NOVO, para puxar o debate um pouco mais para a direita. Então, as perspectivas são boas. Mas ainda há dois cargos importantíssimos nessa jogada: os presidentes da Câmara e do Senado, que decidem o que vai ou não à votação e podem atrapalhar os planos de Bolsonaro.
Rodrigo Maia, que era o presidente da Câmara na legislatura passada, formou uma aliança bastante poderosa dos principais partidos e garantiu sua reeleição. Como ele mesmo se apresenta, é um reformista, que não será obstáculo para o governo Bolsonaro aprovar as reformas que pretende fazer, principalmente a reforma da Previdência. Há que se dar crédito a Maia, já que ele realmente fez o que prega quando do governo Temer. Não fosse aquele escândalo da JBS, habilmente organizado e deflagrado uma semana antes da votação daquela reforma em 2017, e talvez hoje não estivéssemos mais falando desta imprescindível reforma.
Já o polêmico Renan Calheiros, ou o “novo” Renan Calheiros, que diz ele ser o oposto do “velho” Renan do mandato passado, acabou derrotado, para a felicidade geral da nação, depois de muita confusão e baixaria na sessão em que se escolheu o novo presidente da casa. Em manobra comanda pelo ministro Onyx, articulou-se a candidatura de Davi Alcolumbre (DEM), senador desde 2015 pelo Amapá, que acabou eleito em primeiro turno com 42 votos. Sendo um candidato articulado pelo Planalto, deverá ser, como ele mesmo disse no discurso de posse, alinhado com a aprovação das reformas. Se havia um perigo representado por Renan, esse perigo foi afastado e as reformas entrarão na pauta do Congresso rapidamente.
Ainda neste mês de fevereiro, Bolsonaro deve encaminhar sua reforma da Previdência para o Congresso apreciar. É a mãe de todas as reformas e precisa ser aprovada, se quisermos que o país volte a atrair investimentos, gerar empregos e por suas contas em dia.
Apesar das boas perspectivas, oremos.
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