James M. Dressler
22/10/2018 | Atrevimento
O segundo turno das eleições presidenciais de 2018 ainda não aconteceu, mas, pelo andar da carruagem, o PT já se considera derrotado, já não vê mais como reverter a vantagem que as pesquisas dão a Bolsonaro. A campanha petista agora passou para uma nova fase: criar o ambiente para o discurso da ilegitimidade do presidente eleito.
O passo crucial para esta nova fase veio com a tentativa de impugnação da candidatura de Bolsonaro junto ao TSE, por um suposto abuso de poder econômico. O imbróglio todo se justificaria por uma campanha de mensagens por WhatsApp, supostamente financiadas por empresários em conluio com o presidenciável. As supostas mensagens divulgariam mentiras sobre o PT, assustando e afastando eleitores da legenda. Mesmo que nada consiga provar, a ideia é lançar a tese, a versão petista da realidade, corroborada por meia dúzia de empresas de mídia e especialistas em Direito simpáticos ao partido, e depois passar batendo bumbo em cima, a cada decisão tomada pelo novo presidente, até a próxima eleição. Mantém a militância mobilizada e com um discurso pronto na ponta da língua: não ganhamos porque fomos roubados por ricos empresários! A tese do “golpe” de 2016 não continua até hoje? Ora, com um novo presidente é preciso outra!
E aí a gente se lembra, sem precisar forçar a memória, de 2014. Segundo o PT, Marina ia tirar o prato de comida da mesa do brasileiro ao dar independência ao Banco Central, Aécio ia trazer de volta a escravatura... Puxando um pouquinho, Alckmin ia privatizar a Petrobras em 2006... Apenas algumas mentiras espalhadas pelo PT que decidiram eleições, feitas no próprio horário eleitoral e com dinheiro do fundo partidário e de doações de campanha, que a Lava Jato já esclareceu como aconteceram.
E para coroar essa pantomima, um toque de mestre: o partido satélite do PT, o PSOL, entrou com ação no TSE para bloquear o WhatsApp em todo Brasil, nesta semana que antecede a eleição. É ou não é uma graça? A esquerda descobriu que perdeu o controle das narrativas com o advento das redes sociais, onde cada usuário cria o seu próprio conteúdo, diferentemente das empresas de mídia tradicionais, lotadas de simpatizantes da esquerda doutrinados pelas universidades de todo Brasil. Nada mais da esquerda espalhar fake news e manipular informações de forma monopolística, como fizeram durante as últimas quatro décadas! Há pensamento e uma mídia independente, agora!
Imagino esquerdistas pelo Brasil indagando: “como se atrevem?”.
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