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James M. Dressler
23/07/2018 | O Tempo de TV
Começou a temporada de convenções de partidos para homologação dos candidatos à Presidência da República, e com ela as definições de quais partidos apoiarão quais candidatos. E isso define o tempo de TV que cada candidato terá durante a campanha eleitoral que se aproxima.
Há partidos que já saem de cara com alguns minutos de tempo de TV, e que poderão agregar ainda mais tempo com as coligações que fizerem. PSDB, PT, PMBD, entre outros, estão neste grupo. Com candidatos que ainda não decolaram nas pesquisas, o tempo que terão na TV será decisivo para que as campanhas de seus candidatos encorpem, ou não. O tempo de TV não garante nada, mas tem potencial de fazer milagre, se a estratégia e o candidato ajudarem.
A maior incógnita neste momento é um dos líderes das pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro. Seu partido, PSL, tem apenas oito segundos (isso mesmo, segundos) de tempo de TV, e o partido tem buscado coligações para aumentá-lo significativamente, mas aparentemente sem muito sucesso. A impressão que se tem é que os eleitores de Bolsonaro são muito convictos de seu voto, mas eles resistirão ao bombardeio na TV de outros candidatos com propostas bem divulgadas durante a campanha? Bolsonaro vai conseguir atrair novos eleitores com uma exposição muito menor que os demais concorrentes ao Planalto?
É sabido que durante a campanha há uma movimentação intensa de parte do eleitorado, daqueles que não são eleitores “xiitas” de algum candidato, e os candidatos perdem e ganham apoio à medida que a campanha anda. A questão é se o candidato consegue ganhar bem mais eleitores do que perde e consegue crescer. Convém também trabalhar a rejeição, se ela é um problema. Fica difícil crescer se a rejeição é grande.
Na atual situação, está potencialmente abrindo-se uma porta para outros candidatos se aproximarem de Bolsonaro, que tem uma rejeição considerável e terá pouco tempo na TV, pelo menos até agora. Para amenizar o quadro, ele precisa aumentar esta exposição no que ainda é o principal veículo de propaganda eleitoral. Só para ter uma ideia, Alckmin terá muito mais tempo de TV que Bolsonaro e qualquer outro candidato, com 40% do tempo total só para si, cerca de quatro minutos e meio, mais de trinta vezes que Bolsonaro. O líder atual terá que conseguir mais tempo, ou será obrigado a surpreender a todos conseguindo resistir e crescer usando majoritariamente as redes sociais, para chegar ao segundo turno. Seria o que se chama de um “case” eleitoral.
Essa campanha realmente será eletrizante e intensa, até porque curta. Até agora, não dá para fazer apostas, antes da primeira pesquisa eleitoral pós-início da campanha na TV ser divulgada.
Está para lá de imprevisível.
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