James M. Dressler
16/11/2016 | Trump
E aconteceu o inusitado, ao menos para a maioria dos analistas-torcedores políticos da mídia internacional: Donaldo Trump é o 45º Presidente dos Estados Unidos da América. Depois de uma campanha barulhenta, com ataques pesados de lado a lado, Trump surpreendeu porque foi o que soube passar sua mensagem com mais competência ao eleitorado.
Acompanhei com bastante interesse esta eleição americana porque, sinceramente, estava farto de Barack Obama e os democratas na Casa Branca. Por motivos variados, mas que se resumem a uma excessiva inclinação socialista em todas suas iniciativas, que contrariam a essência dos Estados Unidos da América, o país precisava fazer com que o pêndulo da democracia oscilasse para o lado oposto. E o eleitor americano também percebeu isso.
Desde as primárias, aparentemente ninguém, exceto o eleitorado, levou Donald Trump a sério. Seu próprio partido não o levava, por uma série de razões bastante compreensíveis, incluindo-se o comportamento histriônico do então candidato a candidato. Mas Trump foi derrubando um a um de seus rivais, conquistando o apoio de alguns, de outros o total desprezo. Faz parte da política, e eu diria que é inerente a alguém como Trump. Ele é performático, orgulhoso, seguro de si, vaidoso, e isso incomoda muita gente.
E Trump, apesar de tudo, conseguiu a nomeação do Partido Republicano e foi para o embate com a favorita Hillary Clinton, com larga experiência política. Nas primeiras pesquisas, era um páreo já corrido, tamanha a vantagem de Hillary. Lembro-me dos três debates e das supostas vitórias dela em cada um deles, mesmo que por pequena margem. Na realidade, Trump vencera, e isso sabemos agora. Com ideias rejeitadas pelos analistas e jornalistas, mas que atingiram em cheio boa parte do eleitorado, Trump conquistou os votos que o levaram à vitória.
Fica para os institutos de pesquisa, que considero sérios, algumas lições, e a principal delas creio que seja levar mais em consideração o que se passa nas redes sociais e como captar estes movimentos em tempo real e de forma automática, integrando-os aos resultados das pesquisas. O problema passa também pela privacidade que a maior parte dos internautas reserva para si e que não possibilita, a quem não tem autorização, averiguar o que foi postado. São dificuldades as quais os institutos terão que superar para melhorarem suas previsões daqui por diante.
E o que esperar do novo presidente? Eu espero que o rumo do grande transatlântico chamado Estados Unidos mude substancialmente. Uma guinada à direita fará muito bem ao país. Mas não acredito que Trump vá cumprir exatamente o que propôs na campanha. Evidentemente era uma retórica para chamar a atenção do eleitorado e para marcar posição oposta à Hillary e ao atual governo de Barack Obama. As coisas certamente vão mudar, mas Trump estará cercado de políticos do GOP (Partido Republicano), onde, em minha opinião, estão as melhores cabeças da América. E como Trump ainda conseguiu capitanear uma vitória arrasadora no Senado e na Câmara americana, a turma está com a faca e o queijo na mão para consertar o que tem andado errado por lá.
Vamos acompanhar agora os nomes do secretariado para ter uma ideia melhor do que será o governo americano a partir de 20 de janeiro de 2017.
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