James M. Dressler
24/08/2016 | O Futuro Se Aproxima
Estes dias escrevi sobre veículos que dispensam motoristas, comentava eu que seriam uma realidade dentro de um período entre cinco até dez anos. Talvez tenha que rever meus conceitos: a americana Uber anunciou esta semana que já começará a testar carros sem motoristas nos Estados Unidos ainda em 2016, já transportando passageiros em corridas normais contratadas pelo aplicativo. E que pretende testar, nas mesmas condições, caminhões sem motorista para transporte de mercadorias pelas estradas americanas.
Realmente estamos num progresso desenfreado da tecnologia, seja com estes primeiros passos na inteligência artificial mais básica, capaz de dirigir um automóvel, para passos mais ousados, com uma inteligência artificial capaz de rivalizar com a humana. Para isso ser possível, precisaremos de novas tecnologias de processamento e de transmissão de dados.
A boa notícia é que elas já estão sendo desenvolvidas, seja através dos computadores fotônicos, não mais baseados apenas na eletrônica, mas numa combinação desta com a fotônica, onde o processamento é eletrônico, mas a transferência de dados entre os componentes é através de fótons, mais rápida e eficiente. Esta nova tecnologia permitirá maiores velocidades nos computadores em um futuro próximo.
Para mais adiante, serão os computadores quânticos, baseados na mecânica quântica, que serão os responsáveis por um novo patamar de capacidade de processamento dos computadores do futuro. Ainda numa fase inicial de pesquisa e desenvolvimento, eles são a promessa de resolver em questão de segundos, problemas que os computadores tradicionais levariam anos para resolver.
Além disso, vem aí a internet 5G, que combinada com a IoT (a internet das coisas), permitirá a conexão de até 200 bilhões de toda sorte de dispositivos até 2020, de sensores, passando por smartphones, tablets, TVs, relógios, óculos de realidade virtual, utensílios domésticos (do ar condicionado à geladeira), até nossos automóveis. Todo este universo estará conectado, gerando uma incontável quantidade de informações, que sendo processadas e consolidadas, gerarão ainda mais informações, tudo a nossa disposição, criando uma comunidade tecnológica jamais imaginada por nós há algumas décadas atrás.
Se já conseguimos ir tão longe com este mundo ainda não tão conectado e nem tão bem informado como os das últimas décadas, imagine o que vai acontecer a partir de 2020, quando estes avanços já fizerem parte do nosso dia a dia. Até onde chegaremos?
Continuando apostando que, ainda neste século, já não distinguiremos entre o homo sapiens e o homo artificialis, o homem construído com as tecnologias que estamos criando agora. E do jeito que as coisas vão, talvez bem antes de 2099. A conferir.
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