James M. Dressler
25/03/2019 | Temer
Temer acabou preso pela Polícia Federal. Mais uma vez, desandou a tese de perseguição política da Operação Lava Jato ao PT e Lula. De quebra, se desmanchou a lorota de que Temer escaparia das garras da Justiça ao conseguir manobrar para não ser retirado do cargo durante o mandato de presidente.
Apesar de não ser uma prisão definitiva, apenas uma prisão temporária, já que Temer sequer foi julgado, não deixa de ser um emblema, um sinal a quem pensa que a Lava Jato morreu, com a recente decisão do STF de encaminhar denúncias de caixa dois e corrupção para a Justiça Eleitoral e não mais para a Justiça Comum. Aos políticos que cometeram falcatruas e já foram denunciados, mas ainda não são réus, não faltarão dias mal dormidos, esperando o amanhecer em que algum policial bata à porta para presenteá-los com um par de algemas.
Temer terá muito que explicar sobre os diversos processos em que é investigado, em todas as atividades que se meteu em sua vida política. O Ministério Público diz que ele supostamente teria desviado R$ 1,8 bilhão nos últimos quarenta anos de atividade política, e que supostamente comandaria um grupo criminoso, do qual participam uma série de assessores e outros políticos que gravitam em torno dele.
Ah! Não deixa também de ser emblemática esta soma de R$ 1,8 bilhões! O ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, também acusou a dupla Dilma e Lula de supostamente terem desviado a mesma quantia durante seus mandatos que, somados, dão um total de catorze anos, praticamente 1/3 do tempo em que Temer e seu grupo, supostamente, teria desviado a mesma quantia. Quanta eficiência...
No mais, o divertimento da semana se deu por conta de petistas e outros militantes de esquerda defenderem o “golpista” Temer, acusando o açodamento e a impropriedade da prisão do ex-presidente. Quando a gente pensa que já viu tudo... O Brasil, definitivamente, não é para amadores.
Restam duas dúvidas agora: o que fará Temer diante do que aconteceu esta semana, e para quando a Lava Jato está preparando a prisão de outro presidente (a). Afinal, não sejamos ingênuos: inquéritos e indiciamentos não faltam.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
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