James M. Dressler
30/09/2015 | 2040
Se há uma coisa que me fascina é imaginar como as coisas serão no futuro. Filmes de ficção-científica, por este motivo, são meus favoritos, porque oxigenam minhas expectativas sobre o amanhã. 2040. Já pararam para pensar como será o nosso mundo daqui um quarto de século?
Eu imagino que por esta época já será uma coisa comum algo como o Google Glass, aqueles óculos que projetam imagens em nossos olhos como se estivessem a nossa frente. E provavelmente já podendo até apresentar informações de acordo com o contexto que nos cerca, reconhecendo pessoas automaticamente, nos apresentando informações sobre elas e vá saber o que mais. Certamente integrado também com as redes sociais, podendo postar, num piscar de olhos (literalmente), o que quer que estivermos presenciando.
E os automóveis? Sem motorista? Todos elétricos? Com baterias que permitirão andar cinco mil quilômetros sem recarregar? Acho que tudo isso é possível. E acho mais: provavelmente os carros se autoconsertarão depois de uma batida, serão feitos de um material que se deformará numa colisão e voltará à forma anterior depois de alguns minutos.
E as rodovias? Provavelmente serão inteligentes, nas quais nossos automóveis irão se conectar para garantir uma viagem tranqüila e segura. E os transportes públicos? Ferrovias para trens magnéticos de alta velocidade ligando as principais capitais da Europa e da América do Norte, quem sabe até a China e Japão, por sobre os oceanos! Imagino que quem sabe até Porto Alegre tenha feito a licitação de seu metrô, para ser inaugurado depois que o homem pisar em Marte, claro. Talvez bem depois, porque ele pode já ter pisado antes de 2040.
Nossas casas serão todas conectadas, quem sabe já com algum robô de limpeza mais evoluído que os roombas que temos hoje, fazendo alguma limpeza mais sofisticada como limpar vidros e tirar o pó dos móveis. Grande pedida! Como já comentei em um artigo passado, os computadores terão uma inteligência igual ou até superior a dos seres humanos, então não seria de surpreender se chegássemos em casa e começássemos a conversar naturalmente com o computador que controla a casa toda sobre como foi o dia, o que aconteceu na casa na nossa ausência e o que esperar para o dia seguinte.
Grandes expectativas também na área da energia, quem sabe já não estejamos próximos da energia derivada da fusão nuclear disponível ao consumidor residencial, para alimentar nossas casas conectadas e nossos veículos elétricos. Uma energia limpa para veículos limpos. Excelente!
E a engenharia genética? Acredito que já poderá ser possível eliminar as doenças congênitas que nos afligem e quem sabe até dando um upgrade no nosso próprio DNA humano. Cultivaremos nas lavouras vegetais completamente imunes às pragas, gerando uma fartura nunca vista de alimento no planeta.
Mas tudo isso que eu imagino que será realidade por volta de 2040, certamente é pensando nos países líderes mundiais. Em relação a nosso combalido país, minhas expectativas são outras, nada animadoras. Mais especificamente sobre o Rio Grande do Sul, acho que só há duas coisas que com certeza que ainda serão um fato aqui em 2040 (e talvez apenas aqui, considerando todo planeta), daqui a 25 anos: ainda haverá alguém se aposentando com 25 anos de serviço, ou seja, com pouco mais de 40 anos e ainda haverá filhas de funcionários públicos que recebem pensão até a morte desde que não casem. Como é que eu sei disso? Por que não há projetos que corrijam esses absurdos enviados para a Assembléia. E pior, se seguirem aquela lógica de que só vale para os futuros funcionários, aí teremos certeza que em 2040 ainda acontecerão tais barbaridades por aqui.
Isso já é um absurdo em 2015, imaginem em 2040!
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