James M. Dressler
07/06/2017 | Teoria da Conspiração?
Para a felicidade geral da nação brasileira (ou quase), parece que o país está saindo definitivamente da recessão que já durava oito trimestres. O crescimento de 1,0% nos três primeiros meses de 2017 reflete o resultado da mudança da política econômica, implantada pelo governo de Michel Temer. A questão que fica é porque tivemos que passar por este calvário, quando fica parecendo que seria tão simples ter seguido a cartilha do Plano Real, que tanto benefício trouxe ao país? Não consigo pensar em outra explicação que não seja algo que pareça, para alguns, uma teoria da conspiração, mas que acredito que seja a realidade. Vamos a ela.
Quem conhece a cabeça dos políticos de esquerda, sabe que eles não consideram que seja razoável um governo ter um compromisso entre receita e despesa (a chamada responsabilidade fiscal) e, além disso, sabe que eles têm um desprezo, quase ódio, pela iniciativa privada. Juntemos estas duas características do pensamento esquerdista, e começaremos a explicar como fomos acabar passando pela pior crise econômica do país em toda sua História.
Pois bem, sabemos que o Partido dos Trabalhadores foi contra o Plano Real, dizia que era um plano eleitoreiro, que iria fracassar como todos os outros. O PT estava errado, e graças a Deus o plano foi um sucesso. Depois, o PT foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que vinha de encontro a sua ideia de gastar dinheiro primeiro e ver de onde ele sairia depois, resultando inevitavelmente em déficit nas contas do governo. Para quem não sabe, foi justamente esta prática, de gastar mais do que arrecada, que havia nos conduzido à hiperinflação na década de 80. Portanto, ser contra a LRF é ser a favor de inflação, desorganização econômica e ao caos financeiro das famílias brasileiras. A História já comprovou isso.
Por outro lado, o notório o desprezo da esquerda pela iniciativa privada e a demonização que faz de empresas e empresários, que são vistos como exploradores e até como feitores de escravos (em pleno século XXI), acabou impregnando a cabeça de muitos brasileiros. Pode parecer contraditório que foi justamente nos governos do PT, que tamanha quantidade de dinheiro tenha sido emprestada para empresas brasileiras. Parece mas não é! Como a Operação Lava a Jato já demonstrou, o objetivo oculto era inundar os cofres do partido com doações de campanha pelas empresas beneficiadas com os vultosos empréstimos. Estas empresas fizeram o papel conhecido como “companheiro de viagem”, aquele que você usa para atingir um objetivo, e depois descarta na hora em que lhe parecer mais oportuno. Por que penso isso? Com tamanha máquina de propaganda custeada por tantas doações, seria natural o fortalecimento da esquerda no poder, e mais adiante, aproveitando-se do caos econômico que seria cada vez maior, viria primeiro o recrudescimento do regime. E dentro desta etapa, tendo as mesmas grandes empresas em suas mãos, seja por deverem muito ao governo pelos empréstimos ou simplesmente por terem mesmo o rabo preso, viria a tomada das mesmas através da pura e simples estatização.
Parece demais? Pois é bem parecido com o que já aconteceu e continua acontecendo na Venezuela, país cujo regime é admirado por toda esquerda brasileira. O Brasil correu o sério risco de ser vítima do conhecido “Efeito Orloff” (“eu sou você amanhã”), e sofrer uma “venezuelização”, com todas as dramáticas e nefastas consequências que chocam a todos nós cada vez que vemos uma reportagem sobre a situação venezuelana na TV e nos sites de informação.
Nada mais explica a política econômica suicida adotada no Brasil a partir de 2008, exceto burrice ou delírio mental. Não acredito em nenhuma das duas, acredito mais num plano e numa estratégia diabolicamente bem traçada que foi derrubada no ponto de inflexão, naquele último instante, que se tivesse passado, não teria mais volta.
Escapamos por pouco. Fica agora esta tarefa, para uns dez anos, de nos reerguermos a partir dos escombros que restaram desta era de completo domínio da esquerda. Que tenha ficado a lição.
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