James M. Dressler
07/12/2016 | #ForçaChape
Este final de novembro ficou marcado pela tragédia. Eu tinha recém acordado, pouco antes das 5h da manhã, e dei uma ligada no rádio. A primeira coisa que escutei foi a notícia da queda do avião que transportava a equipe da Chapecoense.
Naquela situação de desinformação que se seguiu, sobre a extensão da tragédia, e sabendo por onde a Chapecoense viajava, nos confins da Colômbia, eu já esperava algo de muito ruim. Infelizmente, apesar de toda nossa torcida, foi até maior do que eu imaginava. Uma tristeza.
Pior foi saber mais tarde o porquê da tragédia. Nem dá para falar em má fé do piloto, afinal, colocava a própria vida em risco, mas acredito em completa imprevidência. É o que eu chamo de pensar só no “dia feliz”, em que tudo dará certo e nenhum imprevisto ocorrerá durante o caminho. Normalmente tal tipo de comportamento conduz invariavelmente ao desastre. Sempre que algo pode dar errado, vai dar errado É a famosa Lei de Murphy. E fazer um voo com o combustível “contado” é ir ao encontro da tragédia. Bastaria haver qualquer imprevisto, como aconteceu, outro avião na frente na hora do pouso, obrigando estender o voo por mais alguns minutos, para que o desastre se consumasse.
Por isso sempre falo para todos que me cercam, seja em casa, com meus familiares, seja no trabalho com colegas. Sempre que for realizar uma tarefa, pense que algo sempre pode dar errado. Você tem um plano B? Pensou em se precaver caso algo não saia conforme o esperado? Tem uma segunda ou até uma terceira alternativa? Este pensamento, que eu chamo de “defensivo” pode ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso, entre a vida e a morte, dependendo da situação. E num país como o que nós vivemos, completamente inseguro, cada vez mais é caso de vida ou morte, mesmo. Não dá para se expor a situações de perigo por um reles descuido ou imprevidência.
Agora, fica em todos nós uma dor imensa, pelos ídolos que se vão, gente que aprendemos a admirar como Mário Sérgio e Caio Jr. Pelos jovens jogadores, ainda garotos, que corriam pelos campos com a camisa da Chapecoense em busca da fama, com a conquista da Copa Sul-americana. Pela comissão técnica e diretores do clube, pelos jornalistas. Fica também a esperança pelo restabelecimento completo dos sobreviventes.
Todos nós nos solidarizamos com as famílias das vítimas, e com o tempo espero que superemos este trauma. Mas jamais esqueceremos.
#ForçaChape.
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